Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Rodrigo Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-03052007-094244/
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Resumo: |
Este trabalho busca contribuir para o debate a respeito do desenvolvimento econômico no Brasil, em particular para a busca de explicações a respeito do crescimento baixo e instável apresentado pela economia brasileira desde a década de 90. Ao contrário das interpretações ?endogenistas?, em nossa interpretação é central a condição periférica e dependente da economia brasileira na economia mundial. Partimos da noção de que estamos diante de uma nova fase do capitalismo, caracterizada por um regime de acumulação com dominância financeira, tal como já apontado por outros autores, defendendo-a contra as críticas mais recentes que recebeu, no interior do marxismo: a crítica baseada na teoria das ondas longas do capitalismo, segundo a qual não há nenhuma novidade na atual expansão financeira, e outra baseada na idéia de que, com a pós-grande indústria, o próprio capital produtivo é que teria um caráter rentista, o que levaria à ilusão de estarmos diante de uma dominância financeira. Entretanto, buscamos mostrar que a noção de dominância financeira desenvolvida por Chesnais e outros não trata das relações centro-periferia com profundidade e, por outro lado, as teorias que trataram das relações centro-periferia e da noção de dependência não construíram uma análise adequada a respeito das mudanças do capitalismo desde a década de 70, em particular do regime de acumulação. Por isso, procuramos unir estas duas leituras, para investigar como as relações de dependência dos países periféricos mudaram em função da mudança do regime de acumulação em escala mundial. Nosso foco está numa particular versão da teoria da dependência, que postulava a possibilidade de um desenvolvimento capitalista da periferia, ainda que dependente-associado, e que chega ao poder no Brasil na década de 90. Argumenta-se que o ?ângulo cego? desta teoria, que é a não percepção da mudança do regime de acumulação do capitalismo, trouxe um otimismo infundado sobre os benefícios de uma inserção (feita apressadamente e sem cuidado) no mercado financeiro internacional que aumentou a vulnerabilidade externa da economia brasileira, conduzindo a uma armadilha que impede o desenvolvimento econômico. |