"Cardiotocografia computadorizada em gestantes com diabetes mellitus: efeitos da glicemia capilar materna na freqüência cardíaca fetal"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Costa, Verbenia Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-21092006-111036/
Resumo: Os efeitos da glicemia materna na regulação da freqüência cardíaca fetal (FCF) constituem aspecto controverso na literatura, principalmente em gestações complicadas pelo diabetes mellitus. O objetivo deste trabalho foi estudar a influência da glicemia materna na FCF analisada pela cardiotocografia computadorizada. Método: Trinta e nove gestantes com diabetes mellitus pré-gestacional foram avaliadas prospectivamente na Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período compreendido entre julho de 2003 e fevereiro de 2005. As pacientes incluídas possuíam o diagnóstico de diabetes pré-gestacional, gestação única, idade gestacional entre 36 e 40 semanas e ausência de malformações fetais. Para a realização do estudo, cada paciente foi avaliada pela cardiotocografia computadorizada, durante uma hora, sendo analisados os seguintes parâmetros da FCF: freqüência basal, tempo para atingir os critérios de normalidade, freqüência de movimentos fetais, número de contrações uterinas, número de acelerações e desacelerações, episódios de alta e baixa variação, variação de curto prazo. Realizou-se a glicemia capilar imediatamente antes do início da cardiotocografia, 30 e 60 minutos após o começo do exame. Utilizou-se a média glicêmica para análise das relações com os achados cardiotocográficos, com os valores de corte de 100 mg/dL e 120mg/dL. Resultados: Do total de 39 pacientes analisadas, 25 (64,1%) apresentavam média glicêmica &#8805; a 100 mg/dL e 19 (48,7%) &#8805; a 120 mg/dL. A média da FCF mostrou aumento significativo nos grupos com a média glicêmica &#8805; a 100 mg/dL (p<0,05) e a 120mg/dL (p<0,05). Houve correlação positiva significativa (p<0,05 e r=0,57) da FCF com a média glicêmica no exame. Verificou-se correlação negativa significativa (p<0,05) da quantidade de acelerações transitórias acima de 10 bpm (r=-0,32) e de 15 bpm (r=-0,44) com a média glicêmica no exame. A variação de curto prazo da FCF apresentou associação significativa (p<0,05) com a média glicêmica acima de 120mg/dL. Ocorreu correlação negativa significativa (p<0,05) da variação de curto prazo da FCF (r=-0,47) com a média glicêmica no exame. Os demais parâmetros avaliados pela cardiotocografia computadorizada não mostraram diferença significativa com a média glicêmica. Conclusão: os níveis glicêmicos maternos, durante o exame, exercem influência sobre parâmetros da FCF analisada pela cardiotocografia computadorizada.