Variabilidade de alta frequência da velocidade do vento próximo à superfície no Nordeste do Brasil: clima presente e tendências futuras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Kovalski, Maria Luiza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14133/tde-22012024-135857/
Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar as flutuações de alta frequência da velocidade do vento próximo à superfície, através das variações abruptas de vento ou rampas de vento, e avaliar tendências nos períodos futuros de médio e longo prazos no cenário RCP8.5 no Nordeste do Brasil (NEB). Foram utilizados dados de estações meteorológicas automáticas (EMAs), da reanálise ERA5 e de simulações com o modelo regional RegCM4. As simulações climáticas do RegCM4 foram forçadas pela ERA-Interim e pelos modelos globais HadGEM2 e MPI. Inicialmente, avaliou-se o padrão espacial dos ventos a 100 m de altura na região do NEB para o período de 1979 a 2014 separando a região em 5 subdomínios. Em todos os subdomínios selecionados as maiores velocidades de vento ocorrem entre agosto e outubro, e menores entre março e maio, correspondendo às estações seca e chuvosa, respectivamente. Para 8 localidades no NEB avaliou-se os dados de vento a 10 m da ERA5 e RegCM4-ERAI, e obteve-se que ambos conjuntos de dados tendem a apresentar maiores médias e medianas de velocidade do vento do que as EMAs em várias localidades, porém a ERA5 demonstra correlação superior à da simulação. Visando compreender a variabilidade do vento em alta frequência temporal, explorou-se as rampas de vento (aumento ou diminuição abruptas de velocidades). As rampas de vento apresentaram consistência no comportamento para localidades próximas ou no mesmo subdomínio. Além disso, é notável a influência de brisas terra-oceano, para as regiões litorâneas, e brisas vale-montanha, para regiões continentais na definição do horário preferencial de estabelecimento ou término das rampas. Por fim, investigou-se tendências futuras do vento a 10 m com os modelos RegCM4-HadGEM e RegCM4-MPI para o período futuro próximo (FP- 2040-2059) e futuro distante (FD - 2080-2099) em relação ao período de referência (PR - 1995-2014). Ambos os períodos futuros mostraram aumento consistente na mediana da velocidade do vento, indicando mudança na distribuição de frequência dos dados. Em relação às rampas de subida de vento obteve-se que áreas costeiras exibem tendência de aumento da frequência das rampas de vento, enquanto áreas continentais projetam tendência de redução para o FD.