Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pivetti, Michaella |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde-16102018-145108/
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Resumo: |
A literatura para a infância trabalha com a imaginação, mas nem sempre com a fantasia, entendida como operar criativo sobre esta. Partindo de tal pressuposição, a tese desenvolve um estudo sobre a literatura contemporânea representada pelos livros ilustrados e procura fundamentar parâmetros para uma leitura da fantasia na produção desses livros, a partir da teoria literária e do design. Para isso investiga também a noção de gramática sugerida pelo escritor italiano Gianni Rodari. Para estabelecer os contornos do conceito de fantasia -- encontrado inicialmente em Bruno Munari (\"Fantasia\", 1977) e Gianni Rodari (\"Gramática da Fantasia\", 1973) -- indaga quais definições em torno da noção emergem da filosofia, da expressão artística, da teoria literária e da tradição narrativa. Com base nos princípios e propostas dos dois autores-inventores, Munari e Rodari, que originaram o interesse pelo tema, o estudo esforçase em configurar um quadro de referências teóricas e analíticas que possibilite definir o objeto em relação à literatura e ao design. Procura, na história do conhecimento e da arte, os marcos que ajudam a identificar os aspectos de estética e linguagem que interessam aos propósitos de criatividade da fantasia e investiga, na teoria literária, os componentes dessa criatividade na construção narrativa. Em seguida, assumindo a noção de projeto, própria do design, como ponto de ligação entre definições de poética identificadas na literatura e o planejamento gráfico, propõe a noção de poética visual como estratégia narrativa dos livros ilustrados e procura estabelecer relações entre projeto e gramática a partir da teoria do design e de estudos sobre a linguagem dos livros ilustrados. Em termos metodológicos, partindo de indagações surgidas anteriormente à sua proposta, da experiência de projeto com livros ilustrados e de uma primeira sistematização de dados, este estudo qualitativo, modalidade de inquérito filosófico e caráter observacional, baseou-se em revisão bibliográfica, pesquisa de campo e dados colhidos a partir de entrevistas semiestruturadas que serviram para ajudar a compreender o estado da arte da literatura contemporânea para a infância. Partindo do pressuposto de que a chave de leitura representada pela fantasia permite observar questões relativas a criação e linguagem, inerentes à expressão (visual) narrativa do gênero, o estudo propõe quatro categorias de análise -- experimentação, transgressão, humor/medo e absurdo -- para uma leitura da fantasia em corpo de obras selecionado da produção contemporânea ocidental, verificando a correspondência com as hipóteses de trabalho do estudo acerca da noção de fantasia e de gramática. Finalmente, os aspectos identificados com base no desenvolvimento analítico indicam como, a partir de determinadas definições, a fantasia pode contribuir: 1) para uma leitura da originalidade narrativa dos livros ilustrados e 2) para servir de instrumento de investigação da criatividade; com isso, confirmando o vigor da proposta munari-rodariana. |