Formação e viabilidade das sementes da palmeira real australiana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Sibelle Santanna da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-23012017-154321/
Resumo: A palmeira real australiana (Archontophoenix cunninghamiana H. Wendl. & Drude) é uma espécie nativa das florestas tropicais da Austrália que se adaptou ao cultivo no Brasil e é utilizada para o paisagismo e também para a extração do palmito. A determinação da maturidade fisiológica das sementes e da época ideal para a colheita é essencial para preservar a qualidade das sementes e para a formação das mudas. No entanto, existe restrição de métodos disponíveis para avaliar a qualidade das sementes da palmeira real australiana e, além disso, para o teste de germinação são necessários, pelo menos, 70 dias para obter os resultados. Dessa forma, o teste de tetrazólio é uma alternativa para estimar a viabilidade das sementes, em função da rapidez de obtenção dos resultados. Assim, um dos objetivos dessa pesquisa foi estudar o preparo das sementes da palmeira real australiana para o teste de tetrazólio; para tanto, foram avaliadas sementes de diferentes plantas matrizes quanto à hidratação das sementes e à coloração dos tecidos, utilizando as soluções 0,075%, 0,1% e 0,2% de tetrazólio, durante 60, 120, 240 e 360 minutos no escuro, a 40°C. O estudo relacionado à formação das sementes incluiu avaliações dos frutos e das sementes. Assim, os frutos foram avaliados quanto à cor, utilizando a colorimetria digital e a carta de Munsell para tecidos vegetais, e às características morfométricas, tais como o diâmetro, o comprimento e a massa. Para a determinação do parâmetro fisiológico das sementes foram avaliados a germinação (total, o índice de velocidade de germinação e o tempo médio de germinação), a viabilidade (teste de tetrazólio) e o teor de água das sementes. Além disso, foi determinada também a composição química das sementes nos diferentes estádios de maturação em função da peroxidação de lipídeos e do peróxido de hidrogênio. Para complementar o estudo da formação das sementes foi avaliada também a desidratação das mesmas, no ponto de maturidade fisiológica, para determinar se são recalcitrantes, ou seja, avaliar qual é o limite da redução de água dos tecidos que interfere negativamente na viabilidade. Essas sementes, com diferentes teores de água, foram também radiografadas para verificação dos tecidos internos das sementes. A avaliação da formação das sementes foi complementada com o estudo do armazenamento; para isso, as sementes em dois estádios de maturação (76 e 85 dias após a antese) foram colocadas em sacos de polietileno, com 0,20mm de espessura, e, em seguida, mantidas em ambiente não controlado e em ambiente controlado, com temperatura de 10°C e umidade relativa do ar de 80%, por 5 meses; a cada 30 dias foram retiradas amostras para as seguintes análises: teor de água, teste de germinação (total, índice de velocidade de germinação e tempo médio de germinação), teste de tetrazólio e imagens por meio dos raios X. Há a possibilidade de utilizar o teste de tetrazólio para estimar a viabilidade das sementes de palmeira real australiana. É recomendado o seccionamento longitudinal a partir do opérculo e a coloração do embrião em soluções 0,1% por 360 minutos, no escuro e a 40°C e 0,2% por 120 minutos ou por 240 minutos. A maturidade fisiológica das sementes é atingida quando têm 41% de água, aos 76 dias após a antese, 2,49g de massa seca e germinação máxima; nesse momento os frutos têm coloração caracterizada como 10.R 6/8 vermelha amarela-avermelhada. Com relação à quantidade de água para o armazenamento, a secagem até 25% de água não tem efeitos negativos imediatos na qualidade das sementes da palmeira real australiana; contudo a partir de 20% de água há redução da qualidade das sementes e com 10% de água não há germinação. As condições adequadas para o armazenamento das sementes da palmeira real australiana, que têm inicialmente 48% de água, são a embalagem de polietileno (0,20mm de espessura) e o ambiente com temperatura de 10°C e 80% de umidade relativa do ar; essas condições são favoráveis para manter a qualidade das sementes por até 150 dias.