Expressão de proteínas de comunicação e junções celulares no rúmen de fetos bovinos, bezerros recém-nascidos e bovinos adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ferrão, Juliana Shimara Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/87/87131/tde-21052019-150802/
Resumo: O estômago de ruminantes é um órgão complexo subdividido em quatro compartimentos: o rúmen, o retículo, o omaso e o abomaso, sendo os três primeiros os pré-estômagos ou pró-ventrículos. Cada um possui sua própria característica, responsável por mecanismos de ruminação essenciais. Junções gap são as únicas especializações na membrana celular que permitem a comunicação direta entre células adjacentes, enquanto que as junções de adesão são especializações que mantém a integridade tecidual. Sabe-se que elas contribuem para a homeostase tissular e são compostas por proteínas transmembrânicas chamadas conexinas (junções gap) e caderinas (junções de adesão). Além disso, essas junções estão também envolvidas no controle da proliferação celular, no controle de crescimento e diferenciação, apoptose, e a sincronização de funções eletrotônicas e metabólicas. Assim, o rúmen de bovinos pode ser um modelo para compreender a contribuição das conexinas e caderinas durante a diferenciação do epitélio ruminal a um estado funcional, que o transforma de epitélio de revestimento para um epitélio absortivo com funções de metabolização de substâncias, em especial o ácido lático e ácidos graxos. Dessa maneira, nossa hipótese é que as diferentes conexinas mudem sua dinâmica de expressão quanto ao tipo e localização, com repercussões na morfologia epitelial. Os objetivos do presente estudo foram a avaliação da expressão e localização das Conexinas 26, 32, 40 e 43 e da E-caderina no rúmen de fetos bovinos, bezerros recém-nascidos e bovinos adultos, além da avaliação morfológica do epitélio ruminal de através da microscopia óptica e eletrônica. Também possui como objetivo a avaliação da expressão gênica dessas proteínas no rúmen desses animais. Para isso, foi realizada a coleta de amostras do saco dorsal e do saco ventral do rúmen de fetos bovinos, bezerros recém-nascidos e bovinos adultos. Nos materiais coletados foram realizadas as técnicas de coloração com Hematoxilina-Eosina e morfometria, imunofluorescência, microscopia eletrônica de transmissão, extração de RNA total e sequenciamento genético. Na coleta do material as posições anatômicas observadas foram exatas às já descritas na literatura. O tecido ruminal apresentou diferenças morfométricas em relação às mensurações realizadas no tecido epitelial e na camada basal, nas idades estudadas. Além disso, foram observadas modificações teciduais ao longo do desenvolvimento ruminal na microscopia eletrônica de transmissão e na expressão das conexinas no tecido ruminal na imunofluorescência. A respeito da expressão das conexinas estudadas, ela difere em relação à idade dos animais e à localização no tecido ruminal, tornando evidente a necessidade de cada uma das conexinas em relação à idade, desenvolvimento e manutenção do tecido ruminal. A expressão tecidual da E-caderina apresentou-se semelhante nas idades estudadas. Em relação à expressão gênica e sequenciamento genético dessas proteínas, suas mudanças acompanharam as diferenças observadas na expressão tecidual através da imunofluorescência. Desse modo, pode-se concluir que ocorrem mudanças tanto na expressão tecidual quanto na expressão gênica dessas proteínas durante o desenvolvimento ruminal e sua manutenção enquanto adulto.