Uso de medicamentos e a segurança do paciente na interface entre hospital, atenção básica e domicílio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Marques, Liéte de Fátima Gouvêia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-02042013-105600/
Resumo: A segurança do paciente e a qualidade da assistência à saúde, no uso de medicamentos, têm sido foco de preocupação e estudos em nível mundial. Os pacientes podem estar especialmente vulneráveis a danos imediatamente após alta hospitalar, e a ocorrência de eventos adversos relacionados a medicamentos pode resultar em atendimento em serviços de urgência ou em readmissão hospitalar. Este estudo teve como objetivo compreender a dinâmica e os desafios do cuidado fornecido ao paciente, pela equipe de saúde do hospital, visando à segurança no processo de uso de medicamentos após alta hospitalar. Foi realizada pesquisa exploratória por meio de entrevistas junto a médicos, enfermeiros, farmacêuticos e assistentes sociais do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. Atualmente, a principal estratégia adotada pelo hospital visando à segurança do paciente, com foco no processo de uso de medicamentos após alta hospitalar, é a orientação de alta ao paciente e/ou cuidador, realizada de forma estruturada, em casos selecionados, principalmente envolvendo pacientes pediátricos. A reconciliação medicamentosa está em fase de implantação na instituição e, em situações específicas, ocorre mobilização da equipe multidisciplinar para viabilização do acesso a medicamentos prescritos na alta hospitalar. Visita domiciliar é desenvolvida junto a pacientes críticos com problemas de locomoção, e não conta com a participação de farmacêuticos. As principais barreiras para implantação, desenvolvimento e ampliação dessas atividades são a falta de recursos humanos e de tecnologias da informação e a necessidade de alterações no procedimento de alta. Entre os fatores facilitadores estão características da equipe, como iniciativa, comprometimento, responsabilidade por resultados e qualificação, além do apoio da alta administração. O desenvolvimento de atividades acadêmicas junto à atenção básica facilita o estabelecimento de pontes entre o hospital e demais serviços de saúde, contribuindo para a transposição da barreira da falta de contato entre as equipes. No entanto, as limitações das atividades desenvolvidas e a falta de articulação adequada para a continuidade do cuidado, com foco no processo de uso de medicamentos, podem comprometer a segurança do paciente na interface entre hospital, atenção básica e domicílio.