A ironia do cotidiano: os contos de Nadiéjda Téffi no exílio em Paris

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vasques, Ana Carolina Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8164/tde-20062024-183644/
Resumo: O presente trabalho volta-se, primeiro, à tradução para o português de uma seleção de contos da escritora russa Nadiéjda Téffi, escritos entre as décadas de 1920 e 1930, durante seu exílio em Paris, presentes nas coletâneas \"A cidadezinha\", \"Zigue-zague\" e \"O livro junho\". A partir disso, buscou-se situar e individualizar a obra da autora na chamada literatura russa da emigração, caracterizada, entre outros aspectos, pela recorrência da temática do tempo, da memória e da nostalgia no contexto da comunidade dos emigrados russos em Paris. Nesse percurso, procurou-se, ainda, identificar e analisar os elementos fundamentais da poética de Téffi, em especial a ironia na representação artística da vida cotidiana, com a utilização de uma série de recursos: a brevidade na composição e a economia nos instrumentos narrativos e descrições; a importância do subtexto, com ideias implícitas e sugestões; a predominância da linguagem coloquial e o retrato frequente de cenas corriqueiras, que produzem uma sensação inicial de trivialidade no leitor. Por fim, são apresentados os principais problemas tradutórios enfrentados, sobretudo decorrentes do frequente emprego de ditados populares russos, de expressões originais surgidas do contato entre as línguas russa e francesa e dos efeitos de sonoridade presentes no texto fonte, a serem comunicados de forma satisfatória em português, desafios os quais se pretendeu solucionar à luz dos fundamentos teóricos desenvolvidos por expoentes da tradução de prosa literária no Brasil, como Boris Schnaiderman, Caetano Galindo e Paulo Henriques Britto