O serviço social e a estratégia saúde da família: potencialidades de uma aproximação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Benatti, Bibiana Cristina Granata
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-06032009-143835/
Resumo: Com a promulgação da Constituição Federal, em 1988, amplia-se universalmente o direito à saúde e, regulamentado pela Lei nº 8080/90, o Sistema Único de Saúde (SUS), passa a ter a responsabilidade de atender os cidadãos de acordo com suas necessidades, independentemente de contribuição com a Previdência Social ou de pagamento direto pelo atendimento. A instituição dessa nova concepção de saúde trouxe também um novo caráter às práticas assistenciais. A saúde como direito social envolve não apenas a assistência, reabilitação e prevenção de doenças, mas a promoção da saúde, a participação e o controle social. A superação do paradigma biomédico vem requerendo cada vez mais a incorporação de outros saberes e práticas, como a do Serviço Social, interagindo na construção social da saúde e no enfrentamento de seus determinantes sociais. Entretanto, visões mais conservadoras ainda coexistem em ambas as áreas, restringindo as expectativas para o setor Saúde e para o Serviço Social a uma atuação assistencialista. A Assistência Social e a Atenção Básica à Saúde, principalmente por meio da Estratégia Saúde da Família, têm em comum a busca por um maior protagonismo social, o estímulo à emergência de novos atores, que construam solidariamente comunidades pró-ativas e críticas e, potencialmente, mais saudáveis. O presente trabalho buscou comparar os tipos de intervenções apresentadas ao Serviço Social pelos usuários dos vários modelos de prestação da Atenção Básica em Saúde no Distrito de Saúde Oeste de Ribeirão Preto. Utilizando-se das abordagens quanti-qualitativas, inicialmente procedeu ao levantamento das 142 pessoas atendidas pelo assistente social da Unidade de Saúde entre janeiro e março de 2007 para identificação dos atendidos. A maioria desses pacientes era do sexo feminino (73%) e de áreas sem a cobertura da Estratégia Saúde da Família (75%). Após realizou-se entrevistas semi-estruturadas no domicílio de 31 famílias definidas por critérios prévios, sendo 17 delas vinculadas à SF. A categoria empírica construída a partir das entrevistas refere-se ao Serviço Social como agenciador de benefícios assistenciais, indo ao encontro do que aponta Faleiros (2001), quanto à sua origem já como profissional solucionador de problemas, ligados à ótica da instituição em que atuam. Demandas pautadas na ação profissional em sintonia com a lógica da Promoção da Saúde, a partir da criação de novas estratégias para superar carências e chegar às causas das causas, na perspectiva do fortalecimento da comunidade não foram apresentadas, independentemente do modelo de prestação da assistência, apontando que a viabilização de projetos de emancipação dizem respeito toda uma sociedade e não a apenas uma categoria profissional.