Sustentabilidade em calçados: panorama brasileiro, materiais e contribuição de material para solado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Kohan, Lais
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100133/tde-19012021-171127/
Resumo: O Brasil é o quarto maior produtor de calçados do mundo, exporta parte da produção, porém o valor mais expressivo em volume de vendas é no mercado nacional. A concorrência internacional, sobretudo com a China, fez com que o país buscasse a redução de custo em mão de obra. A gestão de resíduos sólidos no Brasil, foi regulamentada, porém poucas ações estão sendo feitas na prática. Mesmo assim, há casos de empresas calçadistas brasileiras adotando medidas na gestão de resíduos, no viés proativo, por meio da minimização de resíduos, a partir do design (impressão 3D) e da substituição de materiais (insumos químicos atóxicos, tingimento natural, biopolímero); no viés reativo, por reuso (resíduos do processo), reciclagem (componentes poliméricos), geração de energia (coprocessamento) e descarte (tratamento de efluentes). Esta pesquisa teve como objetivo estudar as ações sustentáveis das empresas brasileiras de componentes de calçados; verificar o que compõe o selo nacional Origem Sustentável e sua contribuição para o setor; e, também, realizar uma formulação de solado de PVC com inserção de serragem de bambu e avaliar suas propriedades mecânicas, FTIR, MEV, DSC e TGA. Os resultados das entrevistas com as empresas mostraram que em algumas delas são empregadas matérias primas recicladas; e que os fabricantes entrevistados de laminado e solado de PVC têm baixa emissão de resíduos e efluentes; um outro, produz componente de calçado com 50% de resíduos de tecidos e laminados vindos dos clientes. Além disso, o selo Origem Sustentável propiciou economia em insumos e no descarte, e dá suporte às empresas a exportarem e controlarem as substâncias restritas. O desenvolvimento do compósito obteve boa dispersão da serragem de bambu, porém houve a diminuição do desempenho das propriedades mecânicas em todas as amostras, em relação ao PVC puro. Por fim, corroborando com a literatura, constatou-se que há poucas soluções concretas no Brasil, referentes à circularidade dos produtos. Com base nestas considerações, sugere-se pesquisas futuras em logística reversa, biopolímeros, reciclabilidade de calçados e soluções em design