Sensibilidade e Observação Social em Nine Stories de J. D. Salinger

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Carvalho, Andre Ferreira Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-02082013-124345/
Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar uma leitura dos contos que compõem o volume Nine Stories, do escritor americano J. D. Salinger (1919-2010), publicado em 1953. Para orientar a discussão, partimos de termos que apareceram durante uma polêmica crítica nos anos 70 entre Richard e Carol Ohmann, de um lado, e James E. Miller, de outro. Por tratar-se de um conflito entre métodos interpretativos diferentes e pressupostos incompatíveis, tal polêmica revela uma ambiguidade que orienta a obra escritor, cujas histórias oscilam entre a observação crítica da sociedade e a exaltação da sensibilidade especial de certos personagens. Mostramos que os dois termos têm relação com a matéria histórica do período e com o contexto imediato que compunha os Estados Unidos durante a metade do século XX, especificamente com a questão do dissenso e da revolta pessoal de membros de uma classe média afluente da costa leste americana. Esperamos que o trabalho lance luz sobre questões importantes do gênero narrativo, tal como a relação entre enredo e narrador, pois compreender as idas e vindas da ficção de Salinger é testemunhar de perto como valores muitas vezes contraditórios podem estar presentes em um texto e como os acontecimentos narrativos podem chocar-se com a maneira pela qual são mediados por narradores não-confiáveis.