Avaliação em idosos: uma investigação sobre instrumentos de medida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Aline Cristina da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-13052021-210249/
Resumo: A avaliação em idosos ainda enfrenta muitos desafios, compreender os instrumentos de medida que fazem parte deste processo, é parte essencial para avanço, bem como para a própria Gerontologia. Portanto, o objetivo desta dissertação foi organizar evidências dos instrumentos psicométricos disponíveis para idosos brasileiros, disponibilizando à estudiosos, profissionais, pesquisadores e à própria população e familiares, insumos para avaliações cada vez mais consistentes, eficientes e eficazes, independente do seu objetivo-fim. No primeiro artigo, por meio de uma scoping review, realizou-se um mapeamento dos instrumentos, buscando estudos de evidências psicométricas disponíveis na literatura nacional e internacional, que foram categorizados de forma sistematizada, oportunizando a apresentação destes de maneira organizada, de acordo com sua variável latente e outras características pertinentes. O segundo estudo, uma revisão sistemática das propriedades psicométricas dos estudos de evidências de validade, identifica e analisa estas evidências. No primeiro estudo, foi possível identificar 192 instrumentos, nos 237 estudos recuperados. Os dados extraídos foram analisados e dispostos em três blocos. O primeiro bloco tratou dos identificadores da revisão, o segundo apresentou os dados sobre as amostras envolvidas e o terceiro identificou as propriedades psicométricas recuperadas. No segundo artigo desta dissertação, identificou-se 25 instrumentos nos 37 estudos recuperados. Estes instrumentos se propõem a medir as variáveis: ansiedade, depressão e estresse. Os estudos foram analisados e apresentados em três etapas. A primeira etapa refere-se à comunicação das evidências recuperadas, caracterização das amostras e dos instrumentos, a segunda tratou de verificar a qualidade metodológica dos estudos analisados, por meio de um protocolo adaptado do COSMIN, e por fim, a terceira etapa, apresentou critérios e indicadores para a análise dos procedimentos percorridos na busca das evidências de validade. As áreas/campos da Gerontologia e Geriatria e todas as outras interessadas, contam hoje com um arsenal de instrumentos disponíveis e descritos como validados na maioria dos estudos disponíveis. Entretanto, a aplicação do estado da arte contemporâneo das evidências de validade e estudos mais completos qualitativamente ainda são necessários. Visto que a Gerontologia é um campo multidisciplinar crescente e necessita cada vez mais de especialistas com prontidão às temáticas que se relacionam com seus desafios, mas também com o que pode ser fonte de melhorias ao seu objeto de estudo, é eminente o reconhecimento deste cenário e aprofundamento destas questões. Especificamente sobre os instrumentos de medida para avaliação de ansiedade, depressão e estresse, para idosos brasileiros, nota-se a carência de desenvolvimento local/regional, visto as controvérsias de tradução/adaptação transcultural de versões estrangeiras. Muito se tem a explorar sobre as determinações amostrais e se atentar as diferentes versões encontradas na literatura sobre o mesmo instrumento. Aos pesquisadores interessados na ciência psicométrica, fica o convite ao exercício da melhoria contínua em relação à atualização constante do conhecimento sobre novas teorias e técnicas estatísticas/psicométricas para escolhas mais assertivas, bem como de fato utilizar os novos conceitos em estudos ao qual participa, possibilitando estudos mais fidedignos, por meio de uma comunicação mais inteligível e inclusiva. A ciência se faz no questionamento diário e isso é permanente e comum para qualquer campo/área