Caracterização espacial da brucelose bovina no Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Dias, Ricardo Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-06092007-084656/
Resumo: O presente trabalho é resultante de uma parceria estabelecida entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo (CDA) e o Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (VPS-FMVZ-USP). O Estado de São Paulo foi estratificado em sete circuitos produtores de bovinos e 150 rebanhos com atividade reprodutiva foram aleatóriamente selecionados em cada um deles. Em cada rebanho foi aplicado um questionário epidemiológico, foram aletoriamente coletadas amostras de soro de 10 ou 15 fêmeas com idade maior ou igual a 24 meses (em rebanhos com < 100 fêmeas, e rebanhos &ge; 100 fêmeas, respectivamente) e as coordenadas geográficas foram obtidas com um aparelho GPS. Os soros foram submetidos a um protocolo de testes em série, tendo o Rosa Bengala como método de triagem e a fixação de complemento como método confirmatório. A prevalência estimada de rebanhos com, ao menos, um animal soropositivo foi de 9,7% [7,8%; 11,6%], enquanto que a prevalência estimada de animais soropositivos foi 3,8% [0,7%; 6,9%], no Estado de São Paulo. Foi elaborado um mapa temático georreferenciado do Estado de São Paulo, no qual evidenciou-se a ausência de agrupamentos espaciais de rebanhos infectados. A análise também procurou medir o grau de associação das características de criação com a presença da doença, sendo que propriedades com 87 ou mais bovinos (OR = 2,25) e compra de reprodutores (OR = 1,56) foram as mais associadas. O modelo matemático proposto nesse trabalho mostrou que deverá ser intensificado o esforço para a vacinação de fêmeas e que, mesmo assim, os benefícios advindos da adoção desta medida, em termos de queda da prevalência da doença e diminuição do número de abortos, só se darão em prazos que podem alcançar décadas.