Paleomagnetismo do Neopaleozóico da Bacia Sanfranciscana, Noroeste de Minas Gerais\"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Bernardo, Daniele Brandt São
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14132/tde-10062020-111733/
Resumo: A curva de deriva polar aparente para o Palozóico Superior da América do Sul está baseada em pólos paleomagnéticos obtidos com base em metodologias que não são mais consideradas confiáveis e, portanto, necessita de dados mais bem determinados e com idades mais precisas. Na Bacia Sanfranciscana (Noroeste de Minas Gerais) afloram rochas sedimentares pertencentes ao Grupo Santa Fé. Estas rochas pertencem ao final do Paleozóico, e constituem um registro glacial compreendendo arenitos, folhelhos e diamictitos, que compõem a Formação Floresta seguida da Formação Tabuleiro. Para o estudo paleomagnético do Grupo Santa Fé amostrou-se arenitos e folhelhos vermelhos de 76 sítios independentes ao longo de quatro seções da Formação Floresta: duas seções do Membro Lavado, cada uma com 10 metros de espessura e outras duas do Membro Brejo do Arroz, sendo uma com 0.6 metros e outra com 9 metros de espessura. Após procedimentos detalhados de desmagnetização por campos magnéticos alternados e térmica, foi identificada uma única componente de magnetização muito estável (removida apenas à temperatura de 680ºC) cujos portadores são principalmente a hematita e, secundariamente, a magnetita. A magnetização remanente característica apresenta polaridade reversa compatível com o Superchron Reverso do Permo-Carbonífero (260-315Ma) e é de origem primária, como demonstram os testes de campo (comparação com a remanência do embasamento e de seixos pingados), e as evidências de que a hematita formou-se nos estágios iniciais da diagênese. O pólo paleomagnético correspondente está situado a 332.8ºE e 64.9ºS (N=60; 95=4.1º; k=21) e representa um pólo de referência para o Paleozóico Superior (260- 280Ma). A reconstrução da América do Sul baseada nesse pólo descarta a possibilidade de uma reconstrução alternativa (Pangea B) para explicar as incongruências paleogeográficas apontadas na literatura.