Remuneração para equipes ágeis de tecnologia: um estudo de práticas em empresas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Camargo, Fábio Gaglian
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-16062023-190612/
Resumo: A utilização de metodologias ágeis na gestão de projetos em Tecnologia mostra-se como uma resposta das organizações para lidar com cenários complexos e ambíguos, em que a mudança faz parte de sua realidade. Construídas a partir do Manifesto Ágil em 2001, primeiramente restritas às áreas de desenvolvimento de software e posteriormente utilizadas em outras áreas organizacionais, estas metodologias definem papeis, processos e artefatos que devem ser seguidos pelas equipes para permitir a entrega de resultados rápidos, com maior valor agregado para os clientes. Estas novas formas de organização do trabalho devem vir acompanhadas de adaptações nas práticas de gestão de pessoas para permitir o alcance dos objetivos estratégicos. Dentre estas práticas está o sistema de recompensas, capaz de funcionar como mecanismo de atração e retenção de profissionais, além de reforçar os valores organizacionais, estratégias e cultura de trabalho. Assim, esta pesquisa tem como objetivo identificar práticas de remuneração aplicadas pelas empresas em suas equipes ágeis de Tecnologia, identificando se as empresas empregam práticas diferentes para estas equipes e como são configuradas. Para o desenvolvimento da pesquisa, propõe-se uma abordagem de métodos mistos, em que são realizadas, de forma sequencial, uma pesquisa quantitativa e uma pesquisa qualitativa. A pesquisa quantitativa foi realizada por meio de um questionário eletrônico formado por dez questões, aplicadas às empresas participantes da pesquisa FIA Employee Experience 2021, que tem como objetivo reconhecer empresas que mais investem nos ambientes de trabalho melhorando a experiência de seus colaboradores. Os dados coletados formaram uma amostra não probabilística de 290 empresas. A pesquisa qualitativa foi então realizada com três empresas participantes do levantamento, que aplicam algum tipo de prática de remuneração diferenciada para os seus times ágeis, coletando dados por meio de entrevistas com profissionais de Remuneração destas empresas. Foi possível identificar que a maior parte das empresas não aplica diferenciação em seu sistema de recompensas para as equipes ágeis, mostrando que esta ainda é uma prática em construção. Quando a diferenciação é aplicada, é realizada em prêmios financeiros, concedidos por meio do atingimento de metas essencialmente coletivas, e em salário, já que a remuneração fixa destas equipes apresenta posicionamento em relação ao mercado superior ao das demais áreas. Outras práticas verificadas estão relacionadas à maior flexibilidade e agilidade nas decisões sobre remuneração, gerenciando equipes em faixas salariais mais amplas e com maior autonomia aos gestores em um cenário de maior competitividade de mão de obra qualificada em Tecnologia