Imaginário e envelhecimento: experiência de idosos com doença renal crônica na perspectiva da Psicologia analítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Jéssica Caroline dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-15022023-190820/
Resumo: O presente estudo teve como objetivo descrever e analisar as narrativas dos idosos com doença renal crônica sobre a experiência do envelhecimento e adoecimento, à luz da Psicologia Analítica. Foi escolhido o método qualitativo e utilizada a entrevista semiestruturada para abordar a história de vida, a experiência com o adoecimento, o tratamento hemodialítico e a percepção sobre o envelhecimento. A análise foi referenciada no método do processamento simbólico arquetípico de Eloisa Penna. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética do Instituto de Psicologia-USP, sendo as entrevistas realizadas com sete idosos, quatro homens e três mulheres, com idades entre 75 e 80 anos. As unidades de significado encontradas foram: significado da velhice, experiência da hemodiálise como lugar de cuidado e encontros, aspectos simbólicos do adoecimento, experiência arquetípica com o materno e os sonhos e a jornada da alma. A partir dessas temáticas foi possível perceber que a experiência do adoecimento provocou movimentos psicológicos de rupturas, cuidado e ampliação da persona focada no trabalho. Para tanto, a amplificação simbólica aproximou-se do mito do Curador Ferido, Sísifo e da Odisseia de Ulisses, que retrata uma viagem de retorno à sua própria vida e suas ressignificações. Conclui-se que a doença renal é um marco na trajetória destes idosos. As mudanças na rotina da vida os impulsionaram para uma conexão e conscientização da ligação entre mente e corpo. Os participantes precisaram olhar para o processo de envelhecimento e adoecimento e, portanto, ressignificaram cada qual o seu modo, a essa etapa única em suas jornadas