Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Embid, Felipe Miguel Libran |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-28092015-112604/
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Resumo: |
O controle biológico de pragas agrícolas é um dos serviços ecossistêmicos mais valorizados, dada sua importância para a produção agrícola. Embora vários estudos tenham demonstrado que a abundância e riqueza de predadores aumentam com a quantidade de floresta nativa, os mecanismos subjacentes que modulam a relação entre a cobertura florestal e provisão de controle biológico em diferentes escalas espaciais são ainda pouco conhecidos. Neste trabalho, utilizamos experimentos de exclusão de vertebrados voadores em oito paisagens cafeeiras na Mata Atlântica, num gradiente de cobertura florestal, e quantificamos as consequências para a perda foliar e para a frutificação. A perda foliar mostrou uma relação negativa com a cobertura florestal em paisagens com 2 km de raio, indicando que a herbivoria é melhor controlada em paisagens com alta cobertura florestal, especialmente na presença de aves e morcegos. No entanto, no nível local, 300 m ao redor das plantas de café, a perda foliar e a frutificação responderam diferentemente à cobertura florestal. Em unidades com baixa cobertura florestal local, a exclusão de aves e morcegos aumentou a perda foliar e diminuiu a frutificação em uma média de 13%. Por outro lado, em unidades com alta cobertura florestal local, a exclusão de aves e morcegos não teve efeitos significativos nem na perda foliar, nem na frutificação. Concluímos que os efeitos da exclusão de aves e morcegos na perda foliar e frutificação são modulados por diferentes processos que ocorrem no nível local e da paisagem. Sugerimos que quando a cobertura florestal local é alta (geralmente perto de fragmentos florestais), as aves e os morcegos não se alimentam apenas de herbívoros, mas também de mesopredadores. No entanto, quando a cobertura florestal local é baixa (e.g. longe de fragmentos florestais), os mesopredadores não ocorrem e aves e morcegos passam a prover serviço de controle biológico de pragas, alimentando-se principalmente de herbívoros. Destacamos a importância de empregar uma análise multiescalar em sistemas onde espécies com diferentes capacidades de dispersão proveem um serviço ecossistêmico. |