Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Mariano, Kairo Alan Albernaz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-11012024-145920/
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Resumo: |
O estresse pode causar aumento de ansiedade e distorções da memória, como o comprometimento da extinção da memória, aspectos estritamente associados aos sintomas do transtorno de estresse pós-traumático. Os glicocorticoides, mediadores centrais do estresse, têm como alvo os receptores mineralocorticoides (MR) e glicocorticoides (GR). Apesar do MR estar presente em regiões cerebrais essenciais para a cognição, emoções e processamento inicial do estresse, como a região infralímbica do córtex pré-frontal medial (IL-mPFC), a maioria dos estudos tenta elucidar as ações deletérias dos glicocorticoides induzidas pelo estresse via GR. Sendo necessário compreender a relação entre o estresse e IL-mPFC e qual a influência tardia da atividade infralímbica de MR induzida por estresse sobre o comportamento tipo ansioso e na extinção de memória aversiva ao contexto. Este estudo teve como objetivo modular a atividade do RM no IL-mPFC de ratos durante o estresse de contenção e verificar os efeitos tardios no comportamento do tipo ansioso e na extinção da memória aversiva. Ratos Wistar machos adultos (n = 7-13 por grupo) foram submetidos a estereotaxia para implantação bilateral de cânula-guia no IL-mPFC e divididos em grupos controle (nST) e estressados (ST). Os animais receberam injeção de 1 uL intra-IL-mPFC de veículo, espironolactona, mifepristona, ou CORT118335 na dose de 10 ng, e foram expostos a 2 h de contenção. Uma curva de concentração da corticosterona (CORT) foi realizada durante a contenção. Após 10 dias, os animais foram submetidos ao teste de labirinto em cruz elevado e ao condicionamento aversivo ao contexto, seguido pelo protocolo de extinção da memória aversiva ao contexto. Animais ST apresentam concentração de CORT elevada durante a contenção. Tal efeito foi prevenido pelo bloqueio de MR causado pela espironolactona, que foi capaz de diminuir a CORT 60 min após o início do estresse. O bloqueio de GR causado pela mifepristona causou aumento da CORT, e a modulação de MR e GR pela CORT118335 não alterou o aumento da concentração de CORT induzido pelo estresse. Observamos que o estresse induziu comportamento do tipo ansioso tardio, caracterizado pela diminuição da exploração dos braços abertos, sem reduzir os comportamentos de avaliação de risco e atividade exploratória. A espironolactona, mifepristona ou CORT118335 preveniram o comportamento tipo ansioso tardio, aumentando a exploração de braços abertos e diminuindo a avaliação de risco e atividade exploratória. Em relação a memória, no 1º dia da extinção da memória aversiva contextual, todos os animais apresentaram aumento no tempo de freezing. No entanto, não houve diferença entre grupos (controle vs. ST), sugerindo que todos os grupos adquiriram a memória contextual e a recuperaram no contexto de reexposição. No 6º dia de extinção, o ST prejudicou a extinção da memória aversiva (persistência de freezing), que foi atenuado pela injeção intra-IL-mPFC de espironolactona, mas não do modulador CORT118335. Nossos resultados sugerem que a atividade infralímbica de MR e GR contribui para o comportamento tipo ansioso tardio induzido pelo estresse e que a atividade infralímbica de MR durante o estresse é importante para o comprometimento da extinção da memória aversiva. |