Tradução, adaptação cultural e validação do School Companion Sensory Profile 2 para crianças brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Francielly Caroline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-18092020-094830/
Resumo: Avaliar os padrões de disfunção sensorial através de instrumentos que possam mensurar os resultados é de extrema importância para a avaliação e a elaboração do plano terapêutico com ações e estratégias de intervenção, tanto no contexto clínico como domiciliar e escolar. Estudos para tradução e validação cultural dos instrumentos são essenciais e cada vez mais difundidos no campo da terapia ocupacional, para que os profissionais possam incorporar em sua avaliação instrumentos confiáveis que possam mensurar os resultados da intervenção e que estejam adequados ao público-alvo. Este é um estudo metodológico, transversal, de abordagem quantitativa, que teve como objetivo descrever o processo de tradução, adaptação cultural e validação das propriedades psicométricas do instrumento School Companion Sensory Profile 2 (SCSP 2) para crianças brasileiras. A pesquisa foi realizada em escolas públicas e particulares de Franca/ SP e conduzida no Laboratório de Ensino e Pesquisa de Terapia Ocupacional na Infância e Adolescência (LEPTOI) da Universidade de São Paulo. A amostra total incluiu 74 professores de crianças e adolescentes de 3 a 14 anos e 11 meses, que responderam ao questionário referente a 146 crianças. Método: A versão em português para o Brasil foi obtida através de duas etapas principais: a primeira consistiu do processo de tradução, retrotradução e estudo de validade de face; na segunda etapa, foram realizados estudos psicométricos por meio da consistência interna, fidedignidade teste-reteste, análise fatorial confirmatória, e análise de pontos de corte de escores. Para a primeira etapa, os resultados revelaram que, a partir da validade de face, houve adequação semântica e compreensibilidade do instrumento por parte dos respondentes. Para a segunda etapa, o software STATA auxiliou nas análises, e o SCSP 2 apresentou consistência interna total > 0.96, mas quando analisado por áreas sensoriais a consistência foi entre 0.7 e 0.9 para todas as áreas com exceção da área comportamental. Os quadrantes \"procura sensorial\" e \"sensibilidade sensorial\" apresentaram a média dos valores de alfa de 0.8 e os quadrantes \"evita sensorial\" e \"registro sensorial\" apresentaram a média dos valores de alfa de 0.9. Os fatores escolares apresentaram a média dos valores de alfa de 0.9, com exceção do fator 2 que apresentou a média de 0.8. Sobre o teste-reteste, houve alta concordância com valor de Kappa ponderado na categoria quase perfeita. Entretanto, a análise fatorial não confirma a estrutura atual desse instrumento. A rotação da matriz mostrou que itens poderiam ser alocados em domínios diferentes aos que pertencem originalmente, mostrando correlações distintas entre os itens e dimensões. Os pontos de corte dos escores brasileiros foram pouco diferentes dos americanos. Algumas questões a serem exploradas são em relação à equivalência da estrutura do instrumento, a equivalência das cargas, a quantidade de itens, a covariância entre os fatores do instrumento e os erros de medida. Estudos futuros poderão verificar a validade e confiabilidade do SCSP 2 entre diferentes populações com uso de instrumentos que possam avaliar o mesmo constructo, observando validades convergentes e discriminantes.