Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Martins, Camila Cristina Avila |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-22032023-173238/
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Resumo: |
A hipertensão essencial (HE) é uma condição clínica definida pela elevação da pressão arterial (PA) a níveis superiores ou iguais a 140 mmHg (PA sistólica) e/ou 90 mmHg (PA diastólica). É uma doença multifatorial, prevalente no Brasil e responsável por altos custos financeiros e pessoais para a população. Embora os estudos de ligação e associação de todo o genoma tenham fornecido informações sobre os fundamentos genéticos de doenças complexas como a HE, esses estudos não explicam completamente a herdabilidade da condição. Estudar a HE do ponto de vista epigenético pode ajudar a preencher essa lacuna. Devido às características genéticas peculiares e à observação prévia de alta frequência de hipertensão, este estudo foi realizado em populações de remanescentes de quilombos no Vale do Ribeira - São Paulo. O objetivo da pesquisa foi avaliar se a suscetibilidade ao desenvolvimento de HE em populações afro-brasileiras está associada a alterações nos padrões de metilação do DNA. Para isso, realizamos uma avaliação genômica do nível de metilação do DNA de 94 amostras de sangue periférico de indivíduos normotensos (48) e hipertensos (46), para esclarecer se mecanismos regulatórios epigenéticos podem influenciar na origem da hipertensão essencial nestas populações. Utilizamos a plataforma Infinium Methylation EPIC BeadChip (850.000 sítios) e identificamos posições genômicas e regiões diferencialmente metiladas, comparando indivíduos normotensos e hipertensos. Os dados foram analisados por meio dos pacotes RnBeads e ChAMP e comparados com informações obtidas de bancos de dados como EWAS Atlas, GWAS Catalog, GeneCards, dados de literatura e ferramentas computacionais como VarElect e EWAS Toolkit. Dentre as posições genômicas (sítios CpG) diferencialmente metilados encontrados, destacaram-se aqueles localizados nos seguintes genes: DRD2 (cg03691958), SLC9A3 (cg25861340), SLC24A4 (cg 20636399), CA4 (cg18743730); KLHL29 (cg20860188), NTM (cg01803766) e BMP7 (cg11574151 e cg15851418). Dentre as regiões diferencialmente metiladas, destacamos as associadas aos genes: ABAT, THBS1, PON3, CERS3, NUDT12, HLA-DQB2, KCNH2, GABBR1, MIR539, MIR487B e IL5RA. Nossos achados sugerem que diferenças na metilação de genes relacionados ao controle da pressão arterial contribuem para a alta suscetibilidade à hipertensão essencial nessas populações. Também atestam a relevância de estender o estudo de metilação em regiões selecionadas para mais amostras de remanescentes de quilombos e de validar funcionalmente o papel da metilação associada a esses genes na origem da HE em pesquisas futuras. |