Atividades antiúlcera e antioxidante de Syzygium jambos (L.) Alston

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pasquale, Raquel Donatini De
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9138/tde-04112016-160627/
Resumo: O jambeiro (Syzygium jambos (L.) Alston) constitui uma das diversas espécies frutíferas e medicinais pertencentes à família Myrtaceae. O extrato hidroetanólico a 70% liofilizado de folhas de S. jambos apresentou atividade dose-dependente em modelo de úlcera gástrica induzida por etanol acidificado, sendo que a dose de 400 mg/kg reduziu significativamente a Área Total de Lesão (81,64%) e a Área Relativa de Lesão (65,11 %), em comparação ao grupo controle. Nesta dose, o extrato apresentou-se mais eficaz que o fármaco empregado como referência (lansoprazol 30 mg/kg). No modelo de indução de úlcera gástrica por ácido acético, o extrato (400 mg/kg) não apresentou resultados significativos na cura das lesões. A atividade antioxidante do mesmo extrato e de quatro frações foi avaliada através da medida da capacidade seqüestrante de radicais 1,1-difenil-2-picrilidrazila. O extrato hidroetanólico a 70% liofilizado apresentou CE50 de 5,36 ± 0,06 µg/mL, valor comparável ao do Trolox (CE50 =4,98 ± 0,04 µg/mL) , substância antioxidante de referência. As frações clorofórmica, acetato de etila, etanólica e hidroetanólica a 50% apresentaram CEso de, respectivamente, 64,06 ± 0,68 µg/mL, 19,02 ± 0,22 µg/mL, 6,89 ± 0,12 µg/mL e 8,47 ± 0,05 µg/mL. Da fração clorofórmica do extrato foi isolado o triterpeno ácido ursólico. Na avaliação da toxicidade subcrônica através da administração oral a ratos Wistar, durante 30 dias, de três diferentes doses do extrato (400, 1000 e 2500 mg/kg), não foram observados sinais clínicos de toxicidade. As análises macroscópica e microscópica dos órgãos não mostraram alterações dignas de nota para nenhuma das doses empregadas. Não houve diferenças estatisticamente significativas nos resultados das análises bioquímicas do sangue dos animais. Os resultados revelam o potencial do extrato no tratamento de úlceras gástricas, sendo necessários estudos mais aprofundados do mecanismo de ação desta atividade, bem como de toxicidade crônica.