Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Loredana Marise Ricardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-11082006-111750/
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Resumo: |
Este trabalho apresenta análises estilísticas e espaciais da arte rupestre de cerca de cem abrigos do alto-médio São Francisco (norte mineiro e sudoeste baiano), desenvolvidas com o objetivo de elaborar um quadro crono-estilístico do registro rupestre regional que possa subsidiar estudos de correlação entre seqüências estratigráficas e seqüências estilísticosucessórias. As análises tomaram por base as classificações existentes para a arte rupestre do Brasil Central e da região (tradições Agreste, São Francisco, Nordeste e Complexo Montalvânia), visando a discutir a operacionalidade da metodologia classificatória vigente e o alcance interpretativo destas categorias de análise. As análises resultaram na definição de diversos estilos sucessivos, sendo alguns deles possivelmente contemporâneos. A seqüência sucessória estilística foi comparada à seqüência estratigráfica regional, utilizando as datações absolutas e relativas disponíveis para balizar uma periodização inicial da arte rupestre do norte mineiro. Essa periodização - ainda hipotética em função das datações disponíveis se referirem a apenas dois dos doze estilos identificados - mostra que a arte rupestre do Holoceno médio responde por vários estilos associados, que não podem ser seguramente organizados em seqüência sucessória e que podem ter sido praticados em contemporaneidade. O estudo da variação estilística nas dimensões gráfica, temporal e espacial (em pequena e grande escala) mostrou que estilos distintos por critérios temáticos interconectam-se e articulam-se em outras dimensões. A observação de diferenças relevantes entre estilos, relativas a atributos temáticos, localização dos painéis nos abrigos e dos abrigos na paisagem regional, sugere a existência concomitante de repertórios temáticos complementares na arte rupestre do Holoceno médio, integrando um complexo sistema de representações visuais. O estudo sugere que a utilização da usual categoria tradição" como parâmetro de análise dificulta, em vez de favorecer, a organização do registro rupestre, na medida em que direciona a pesquisa para os padrões de similaridade. Em análises focadas nestes padrões, os contrastes e as diferenças entre expressões são mascarados e ofuscados. Expressões estilísticas tematicamente distintas podem estar conectadas de modo complementar, tornando necessário investigar as relações entre estilos caracterizados por temáticas distintas, avaliando suas semelhanças e dissimilaridades, antes de atribuí-los a tradições também distintas |