Salpingectomia e deferentectomia em capivara (Hydrochoerus Hydrochaeris Linnaeus, 1766): estudo experimental comparativo entre as abordagens cirúrgicas videolaparoscópica e aberta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Yanai, Priscila Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-06052021-103209/
Resumo: A capivara é um roedor silvestre e potencial disseminador da Febre Maculosa Brasileira. Os métodos mais adequados para o seu controle populacional são a deferentectomia e a salpingectomia. Visto que as técnicas videolaparoscópicas geralmente apresentam vantagens sobre as correspondentes abertas, objetiva-se comparar estas duas abordagens para os procedimentos de salpingectomia e deferentectomia em capivaras. Para tanto, quatro técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas, descritas e avaliadas: deferentectomia por técnica aberta (DA); deferentectomia por videolaparoscopia (DV); salpingectomia por técnica aberta (SA); e salpingectomia por videolaparoscopia (SV). Cinco cadáveres de capivara foram preliminarmente utilizados para estudo anatômico. Trinta e nove capivaras hígidas, adultas, machos e fêmeas, oriundas de vida livre, foram distribuídas entre as quatro técnicas, sendo os filhotes excluídos do estudo. Os animais foram contidos quimicamente, intubados e mantidos sob anestesia geral com isofluorano. A soltura ocorreu no mesmo dia do procedimento cirúrgico, após constatada a recuperação anestésica. O tempo de ligadura do ducto deferente ou tuba uterina, tempo cirúrgico total, tamanho de incisão, complicações anestésicas e cirúrgicas, estado clínico após uma semana de pós-operatório e a qualidade de cicatrização da ferida foram analisados. Foram realizadas 12 SA, 11 SV, 9 DA e 7 DV. Todas as técnicas cirúrgicas propostas, definidas após a investigação do acesso cirúrgico mais adequado, mostraram-se exequiveis e seguras. Timpanismo e hipotensão arterial foram as principais complicações transoperatórias e ocorreram em todas as técnicas. Não houve diferença clínica perceptível na recuperação pós-operatória entre as abordagens. Com relação ao tempo cirúrgico total dos procedimentos propostos, porém, os realizados por videolaparoscopia (35.6 ± 4.2 e 82.3 ± 29.1 minutos para DV e SV, respectivamente) apresentaram a vantagem de terem sido efetuados em menor tempo que os procedimentos abertos (71.7 ± 27.1 e 91.2 ± 23.7 minutos para DA e SA, respectivamente).