A posição subjetiva do formador na condução do processo reflexivo de professores de Ciências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Altarugio, Maisa Helena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-26012009-150220/
Resumo: Assim como o professor que ele pretende educar, o formador também traz consigo suas crenças, suas experiências pessoais e modelos que incorporou ao longo de sua própria formação e caminhada como profissional. Desse modo, o formador também é um sujeito que enfrenta dificuldades, que se submete a riscos, que se encontra dividido entre seus medos e seus desejos, submetido à sua inteligência e sua intuição e é vítima de seus contrastes. Por isso, focalizamos nossa atenção no formador, investigando suas ações e questionamentos no interior dos cursos de formação continuada, especialmente no que se refere ao enfrentamento de seus impasses. Privilegiando os aspectos da subjetividade dos formadores, tentaremos compreender em que medida essas ações e questionamentos, explícita e implicitamente, podem influenciar a prática dos formadores e gerar impacto sobre os professores em formação. No contexto das ações e questionamentos, exploramos os referenciais teóricos da reflexão-ação (D. Schön) e do professor reflexivo (K. Zeichner), cujas origens remontam ao pensamento reflexivo (J. Dewey). Uma vez que esses modelos teóricos, crescentemente valorizados no campo da formação continuada, não consideram que o plano inconsciente atua e intervém nos pensamentos e nas ações dos sujeitos, discutimos e ampliamos seus limites enquanto teoria e prática, à luz do referencial teórico da psicanálise. S. Freud, J. Lacan e demais autores que acreditam na possibilidade de articular psicanálise e educação, serviram como suporte para as nossas análises. Em particular, exploramos principalmente os conceitos de transferência, Outro, gozo e desejo, analisando as posições subjetivas dos sujeitos pesquisados em relação a esses elementos, enquanto exercem a função de ou assumem um lugar como formadores de professores. Neste trabalho, sustentamos a tese de que o questionamento das posições subjetivas dos sujeitos, por meio da prática de uma reflexão mais profunda e perturbadora, revele-se mais promissora para se alcançar mudanças satisfatórias na prática docente. Por fim, são sugeridas algumas pistas que podem auxiliar na construção de um novo formato para os cursos de formação.