Acesso à colposcopia diagnóstica entre mulheres com exame de rastreamento de câncer do colo uterino alterado no estado de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Buss, Lewis Fletcher
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-31032022-085229/
Resumo: Investigar a taxa de aderência à colposcopia, e fatores associados com a mesma, em mulheres com lesões do colo uterino identificadas por rastreamento em serviços de atenção primária no estado de São Paulo. MÉTODOS: Nós analisamos duas fontes de dados. Primeiro, analisamos uma coorte prospectiva de mulheres com infeção do colo uterino pelo papilomavírus humano de alto risco (hr-HPV). A coorte foi formada em um estudo piloto da implementação de rastreamento por testagem de hr-HPV. Nós determinamos a taxa de comparecimento para colposcopia e investigamos covariáveis associadas usando regressão logística. Segundo, analisamos dados administrativos, provenientes do estado de São Paulo no Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) que contém os resultados de citolgia, e no Sistema de Informação Ambulatorial (SIA-SUS) em que há registros de colposcopias. Nós desenvolvemos uma rotina de linkage probabilístico para combinar os dois bancos de dados e determinar a taxa de acesso à colposcopia. RESULTADOS: Entre 1537 mulheres que testaram positivas para hr-HPV, 1235 (80,4%) compareceram para colposcopia, com uma defasagem mediana entre exame de rastreamento e colposcopia de 132 dias. Idade mais jovem (0<0,001) e resultado citológico negativo (P=0,025) foram associados com taxa menor de colposcopia. Mulheres cadastradas em unidades de saúde que ofereceram ambos o exame de hr-HPV e colposcopia tinham uma taxa de colposcopia maior comparado com aquelas que foram encaminhadas para serviços externos (788/862 [91,4%] versus 447/675 [66,2%], P<0.001). Usando os dados administrativos do SISCOLO e SIA-SUS, 1761 mulheres com citologia alterada foram identificadas entre 1 maio 2014 e 30 de junho 2014. 700 (39,8%) delas com um registro de colposcopia no tempo de seguimento. A taxa de colposcopia foi ligeiramente mais alta entre mulheres residentes na região metropolitana de São Paulo comparado com o interior. CONCLUSÃO: Perda de seguimento de mulheres com indicação de colposcopia pode comprometer o sucesso tanto do programa atual de rastreamento por Papanicolaou quanto de programas no futuro usando testagem de hr-HPV no Brasil