Salmonella sp em répteis e aves silvestres no Estado de São Paulo: freqüência de isolamento, caracterização dos isolados e as conseqüências para o manejo em cativeiro e reintrodução

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Lopes, Luiz Fernando Larangeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-11042008-134614/
Resumo: A Salmonella sp é um importante agente zoonótico no mundo todo e diversas são as técnicas desenvolvidas para a sua identificação, com o isolamento microbiológico ainda sendo a técnica de escolha. Além de sua importância em microbiologia de alimentos e em criações comerciais de aves, ultimamente vem se destacando a sua presença na microbiota de animais silvestres. No presente estudo, foram colhidos \"swabs\" cloacais de 200 aves e 200 répteis, com o intuito de se observar a freqüência de isolamento do agente, caracterizar os isolados através da determinação dos perfis bioquímico e de resistência a antimicrobianos além da sorotipagem. Buscamos também comparar diferentes técnicas de isolamento com diversos meios de cultura e determinar qual a mais eficiente. Desse modo, os \"swabs\" coletados foram submetidos ao plaqueamento em ágar Mac Conkey, suspensão paralela em caldo Rappaport e Tetrationato com posterior plaqueamento em ágar XLT4. Das 200 aves amostradas nenhuma apresentou resultado positivo para o isolamento de Salmonella sp, ao passo que dos 200 répteis, 71 apresentaram-se positivos para o agente, totalizando uma proporção de 35,5%. Dentre os répteis as serpentes foram as que apresentaram maior proporção de animais positivos com 83,9% em contraste às tartarugas que formaram a ordem com menor isolamento (7,1%). Diversos sorotipos foram isolados, muitos não sendo freqüentemente relacionados a animais silvestres com vários apresentando algum grau de resistência aos antimicrobianos testados. A técnica de isolamento que possibilitou a maior recuperação do microorganismo foi a suspensão em caldo Rappaport seguida do plaqueamento em ágar XLT4. Concluímos que os répteis podem ser considerados importantes reservatórios para a Salmonella sp, ao passo que as aves não merecem destaque nesse quesito, embora seu potencial disseminador não deva ser desprezado.