Estudo morfotectônico da região da serra de São Pedro e do baixo Piracicaba/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pinheiro, Marcos Roberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-11052015-170604/
Resumo: As cuestas são definidas como uma forma de relevo dissimétrico, composta por uma vertente em declive íngreme de um lado e uma rampa em declive suave no reverso, decorrente da erosão diferencial das rochas. A região da Serra de São Pedro/SP, área de ocorrência de basaltos juro-cretáceos (topo da escarpa) e arenitos eólicos (escarpa e glacis) do Triássico ao Cretáceo Médio, consiste em uma das zonas mais típicas das cuestas na Bacia do Paraná, porém a configuração geometrizada do relevo da área, do sistema fluvial e até do baixo rio Piracicaba sugerem um controle tectônico das formas. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi verificar o possível controle tectônico no relevo da Serra de São Pedro e do Baixo Piracicaba, focalizando a ação da Neotectônica, tendo como hipótese a existência de um forte controle das estruturas modernas sobre as formas. Os resultados mostraram que a atividade neotectônica na área é caracterizada principalmente pela atividade de falhas transcorrentes e normais subverticais WNW-ESE, W-E, NW-SE e NE-SW, ambas de pequeno rejeito e de impacto reduzido na morfologia do relevo. A influência das estruturas nas formas é mais intensa no sistema fluvial, comandando a dissecação do relevo de toda a área a partir de linhas estruturais que correspondem aos planos de juntas, grandes fraturamentos e falhas, ainda que a tectônica recente seja responsável pelo controle da direção apenas dos canais de 1º e 2º ordens. A Neotectônica condiciona ainda a formação de facetas triangulares na frente da escarpa da Serra de São Pedro, provoca perturbações de depósitos fluviais quaternários, anomalias no perfil longitudinal dos rios e inflexões dos interflúvios e canais de drenagem, além de pequenos basculamentos de blocos que causam a formação e degradação de terraços fluviais nos afluentes da margem direita do baixo Piracicaba. Essas informações são coerentes com os dados das estruturas medidas e materiais descritos em campo, bem como com as informações do contorno estrutural e dados geofísicos da área. Apesar do claro registro de neotectônica na região da Serra de São Pedro e do Baixo Piracicaba, os resultados demonstraram que a magnitude dessa atividade é reduzida e o seu impacto no relevo é pequeno, sendo que a configuração geomorfológica atual é mais influenciada por fatores litológicos, pela disposição das camadas sedimentares das rochas, pelos (paleo)climas e pela orientação/distribuição de estruturas tectônicas anteriores ao Neógeno, refutando assim a hipótese inicial do trabalho.