Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Arruda, Claudia Fabiana Joca de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-24022021-155705/
|
Resumo: |
O carcinoma mucoepidermoide é uma neoplasia maligna derivada do ducto excretor das glândulas salivares. Histologicamente é composta por células epiteliais com fenótipo mucoso, intermediário e epidermoide. As células epiteliais possuem especializações que as ajudam a manter a união entre elas, uma dessas especializações é a junção compacta. A junção compacta é o componente de adesão celular que está localizado mais apicalmente na membrana celular. Do complexo panorama das junções compactas, participam várias famílias de proteínas, sendo a mais importante e numerosa a família das claudinas. Alterações na adesividade celular são investigadas em diversas neoplasias malignas e sabe-se que mecanismos como fatores de crescimento epidérmico e regulação gênica mediada por microRNAs podem estar relacionados a regulação da expressão dessas proteínas. Para testar a hipótese de influência das claudinas no comportamento do carcinoma mucoepidemoide das glândulas salivares, essa pesquisa pretendeu responder se a junção compacta está relacionada ao processo de desenvolvimento do carcinoma mucoepidermoide e se fatores de crescimento podem interferir na expressão das proteínas da junção compacta e do microRNA18a nesta neoplasia. O desenho do estudo incluiu 2 etapas: 1) Etapa clínico patológica que incluiu o levantamento de casos de carcinoma mucoepidermoide (totalizando 36 casos), estudo dos prontuários dos pacientes, análise histopatológica dos casos e análise imunoistoquímicas das claudinas -1, -3, -4, -5 e -7 nos espécimes incluídos no estudo; 2) etapa experimental: cultivo de células provenientes de carcinoma mucoepidermoide, com estimulação pelo fator de crescimento EGF e análise do microRNA-18a. Os resultados mostraram que todas as claudinas estudadas se encontram expressas, mas não foi possível relacionar a expressão delas com o grau histológico, apenas com a etnia branca (p= 0,024) e com idade superior a 40 anos (p= 0,050). Também não foram encontradas alterações de expressão genica delas relacionadas ao EGF. O microRNA-18a se encontra expresso nas células do tumor e apresenta aumento significante em sua expressão nas culturas celulares que receberam tratamento com EGF nas concentrações de 25ng/ml (p= 0.015) e 100ng/ml (p= 0.024). Conclui-se que por apresentar grande expressão em todos os graus histológicos do tumor e estar expressa principalmente em células epidermoides e intermediárias que são as que mais apresentam alterações, as claudinas devem ter um papel importante no processo de carcinogênese desse tumor e, aparentemente, a sua expressão não é influenciada pelo EGF, enquanto que para a expressão do microRNA-18a ocorre influência do EGF, entretanto, ainda não sabemos qual a importância da expressão desse microRNA para o processo de carcinogênese no carcinoma mucoepidermoide. Mais estudos são necessários para determinar com clareza os papéis específicos das claudinas e do microRNA-18a no carcinoma mucoepidermoide. |