Tradição épica, circulação da informação e integração cultural nos poemas homéricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Gustavo Junqueira Duarte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-13102015-155951/
Resumo: O objetivo desta tese é estudar os poemas homéricos do ponto de vista da história, a partir de um enfoque que consiga agregar uma análise de elementos internos e externos dos poemas. O ponto de articulação, o que direciona os temas a serem discutidos nesta tese, está relacionado a uma pergunta central: qual o papel da circulação da informação oral por longas distâncias e através do tempo nos poemas homéricos, seja do ponto de vista de sua própria composição e reprodução, seja do ponto de vista da representação dessas temáticas nas narrativas? Primeiramente, são analisadas as características da tradição poética da qual os poemas fazem parte. Em virtude da circulação em longas distâncias (espaciais e temporais) de formas orais de informação ser parte determinante para o que é mostrado aqui como o mecanismo de composição, apresentação, transmissão e recepção dos poemas da tradição hexamétrica, são propostas reflexões destas mesmas questões nas tramas dos poemas. O tipo de circulação da informação aqui enfocado abarca toda forma de transmissão que dependa da oralidade para ocorrer. Além disso, os processos que percorrem longas distâncias ou, ainda, têm alcance temporal mais extenso, são enfatizados. Nesse sentido, além dos mecanismos de funcionamento da composição e transmissão da poesia homérica e dos contextos históricos aos quais diriam respeito, as formas descritas nos poemas de circulação da informação são analisadas: os aedos e a própria circulação da poesia épica; os relatos, de diversos tipos; o espaço, as formas e os agentes envolvidos nesses processos de circulação. Na conclusão, a questão de se os poemas têm algo a dizer acerca da própria tradição de composição e transmissão de que fazem parte é debatida, articulando o que foi analisado tanto do ponto de vista interno, quanto do ponto de vista externo aos poemas.