O espaço-som como possibilidade de criação poética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Martinele Neto, Fábio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Som
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-02032021-105524/
Resumo: Essa pesquisa busca investigar os diálogos entre o espaço e o som. Nossa intenção será expor um panorama envolvendo poéticas que se apropriam da dimensão espacial e sonora de forma intrínseca. Trataremos inicialmente de apresentar algumas reflexões em torno de práticas e processos considerados emblemáticos para o nosso objeto de pesquisa. No decorrer de nosso percurso estaremos em contato com autores como Makis Solomos, Murray Schafer, Barry Blesser e Linda Ruth Salter, além de artistas como Xenákis, Le Corbursen, Varése, Alvim Lucier e Janet Cardiff. Nossa proposta busca levantar um panorama conceitual em torno do tema, para, logo em seguida, avaliarmos suas aproximações com o nosso próprio trabalho autoral. Nossas referências conceituais serão, portanto, incorporadas como ferramenta para analisarmos os três trabalhos autorais criados e apresentados como resultado central da pesquisa. A metodologia aqui adotada possui uma abordagem que nasce de uma forma de investigação conduzida pela ação prática. Isso significa reconhecer que nosso processo de criação esteve imerso em procedimentos experimentais e performáticos como aspectos convenientes para a criação e reflexão no âmbito da Sonologia. Como nossa maior contribuição para o tema, veremos de que forma a instalação Red Line faz uso de sons e lasers para compor um espaço poético diferenciado. Trataremos de esclarecer de que maneira os recursos tecnológicos são incorporados para proporcionar formas de interação tanto com o participante quanto com o espaço. Em seguida, veremos como o trabalho intitulado Latitude Longitude incorpora o fenômeno acústico do eco como elemento catalizador de uma performance. Para isso, discutiremos como os conceitos de site-specífic e criação coletiva são inseridos no contexto da obra. Por fim, veremos como a proposta de Blackout explora a espacialidade através da percepção da ecolocalização. O sentido da escuta e da visão estarão no centro de uma proposta que faz da iluminação cênica uma aliada para promover a interação e a espacialização sonora. Estaremos em contato com poéticas que buscam cada um a sua maneira, demonstrar como as relações entre som e espaço adquirem novas perspectivas diante de formas instalativas e performáticas emergentes junto às experiências artísticas mais recentes com o espaço-som.