Hortaliças: consumo e preferências de escolares.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Sanches, Michele
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-12022003-143128/
Resumo: Análises elaboradas nas últimas três décadas, tendo por base dados obtidos por pesquisas nacionais revelam que houve redução do consumo, pela população brasileira, de alimentos de origem vegetal. Também tem sido destacado por diversos autores que o baixo consumo de frutas e hortaliças está associado ao maior risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diversos tipos de câncer. Pesquisas envolvendo crianças e adolescentes brasileiros revelam que os mesmos consomem, de forma geral, reduzida quantidade desses alimentos. Com o objetivo de estimular o consumo dos alimentos de origem vegetal, têm sido buscadas alternativas e, entre essas, a incorporação de maior quantidade e variedade dos referidos alimentos nas refeições dos programas alimentares dirigidos, por exemplo, aos escolares. Uma alternativa que se revela promissora é a utilização dos alimentos minimamente processados, também considerados de "conveniência" ou de "fácil preparo". A presente pesquisa, realizada no município de Piracicaba - SP e tendo por base amostra de 210 escolares, matriculados em escolas públicas, visou conhecer: a aceitabilidade das hortaliças minimamente processadas; a análise do consumo de alimentos, com destaque para a contribuição de energia e nutrientes provenientes das hortaliças e frutas e, também, a avaliação do estado nutricional dos alunos. Foram analisados os indicadores antropométricos (escore Z de altura para idade - ZAI e escore Z de peso para idade - ZPI) e a distribuição do Índice de Massa Corporal - IMC. As informações relativas ao consumo alimentar (análises quantitativas e qualitativas) foram obtidas por meio da realização de entrevistas, adotando-se o método de registro de alimentos (Recordatório 24 horas). Para o cálculo e as análises do conteúdo de energia e nutrientes presentes na alimentação dos escolares utilizou-se o software Virtual Nutri (Philippi et al., 1996). Para conhecer a opinião do grupo de alunos sobre as hortaliças minimamente processadas, realizou-se teste de análise sensorial, adotando-se a escala hedônica facial de três pontos. Os resultados revelaram que dos alunos entrevistados, 35,2% das meninas e 32,4% dos meninos apresentaram sobrepeso enquanto apenas 1,9% dos escolares revelaram condição oposta, ou seja, baixo peso. Verificou-se que 50% da população estudada possui dieta cujo conteúdo energético não atingiu o valor mínimo recomendado e, somente 36,19% dos escolares apresentaram adequada participação dos macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) no Valor Energético Total - VET. Observou-se também, que 58,10% dos participantes da pesquisa gostaram muito das hortaliças minimamente processadas, e apenas 10,47% reprovaram os vegetais. verificou-se que 17,14% das meninas e apenas 3,81% dos meninos, afirmaram "não gostar" das hortaliças minimamente processadas. Ressalta-se que 61% dos escolares que revelaram "gostar muito" dos vegetais minimamente processados, pertencem a famílias com menor renda per capita. Há possibilidades que uma maior oferta e consumo de hortaliças, pelos alunos, seja assegurada com a devida incorporação de alimentos minimamente processados às refeições dos programas alimentares, que vigoram atualmente no Brasil.