Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Carolina Helena de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-04052023-145915/
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Resumo: |
O objetivo do presente estudo foi caracterizar estirpes de Aeromonas spp. previamente isoladas de peixes ornamentais de diferentes espécies apresentando distintos sinais clínicos. Foram avaliadas 300 estirpes isoladas de 123 peixes de 32 espécies; estes apresentavam septicemia, lesão de pele e/ou lesão ocular. A identificação das espécies do gênero Aeromonas foi realizada pela técnica de espectrometria de massa MALDI-TOF e confirmada pela reação em cadeia pela polimerase (PCR). Dentre as estirpes avaliadas, 53,0% foram identificadas como A. veronii, 41,3% como A. hydrophila, e 5,7% restante como A. caviae. Não foi detectada diferença significativa entre as técnicas de MALDI-TOF MS e PCR para a identificação das espécies de Aeromonas, que apresentaram ainda boa concordância. No entanto, também foi constatado que a espectrometria de massa suscita dúvida para adequada atribuição de espécie dentro do gênero Aeromonas. Foi observado que 30,9% dos peixes estudados estavam infectados simultaneamente por duas espécies de Aeromonas, com predomínio de A. veronii e A. hydrophila. Em relação aos seis genes de virulência pesquisados nas estirpes de Aeromonas, o gene act foi detectado em 271 (90,3%) estirpes, aer em 238 (79,3%), fla em 175 (58,3%), hlyA em 131 (43,7%), alt em 130 (43,3%), e o gene ast em 106 (35,3%). A espécie A. hydrophila apresentou mais de 50% de suas estirpes positivas para os genes estudados, enquanto as estirpes de A. veronii apresentaram maior proporção de aer, act e fla; já dentre as 17 estirpes de A. caviae houve predomínio dos genes hlyA e fla. Foram identificados 30 perfis de virulência considerando a combinação dos resultados das PCRs, sendo que os cinco principais perfis contêm 227 estirpes (75,7%) (V1 a V5). Apenas cinco (1,7%) estirpes foram negativas para todos os genes (V10), sendo estas identificadas como A. caviae e A. veronii; enquanto 31 estirpes (10,3%) foram positivas para todos os genes (V4) das quais 30 são A. hydrophila. Em relação à caracterização do perfil de resistência aos antimicrobianos, esta foi realizada para apenas 234 estirpes (78,0%). Dentre os 16 antimicrobianos avaliados, sulfonamida e sulfametoxazol-tripmetropim apresentaram mais de 50% de taxa de resistência. Já eritromicina, imipenem e ciprofloxacina apresentaram mais de 38,0% das estirpes com resultado intermediário. Susceptibilidade foi observada principalmente para as cefalosporinas, os aminoglicosídeos, o clorafenicol e piperacilina-tazobactam. Multirresistência foi detectada em 82,5% das estirpes estudadas, destacando-se as estirpes de A. caviae com 100% de multirresistência e A. hydrophila com 90,9%. A análise de SE-AFLP resultou em 66 genótipos de A. hydrophila, 118 de A. veronii, e 14 de A. caviae, evidenciando maior heterogeneidade das espécies A. veronii e A. caviae comparadas a A. hydrophila. No entanto, não foi observada correlação direta entre os genótipos e a origem das estirpes ou perfil de virulência. |