Programa de inserção profissional para equipes de enfermagem de um hospital do interior paulista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Júlio César dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-16052023-083653/
Resumo: Os programas de inserção profissional são essenciais para a melhor adaptação dos trabalhadores recém contratados em hospitais e facilitam seu desenvolvimento e integração. Este estudo objetivou analisar um Programa de Inserção Profissional para Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem de um hospital no interior do estado de São Paulo e elaborar estrutura de um website educativo com conteúdos que norteiam a prática laboral da equipe de enfermagem recém contratada. Trata-se de um estudo descritivo, metodológico e de abordagem quantitativa, sendo a coleta de dados realizada no último trimestre de 2020. Os critérios de inclusão estabelecidos foram o trabalhador ter participado do Programa, estar regularmente contratado no hospital e fora do período de experiência e estar apto para a realização de suas funções. Utilizou-se dois instrumentos; o primeiro foi o de caracterização sociodemográfica e laboral e o segundo foi o Impacto do Treinamento no Trabalho. As análises estatísticas foram apresentadas por meio de frequências absolutas e relativas para as variáveis qualitativas e média, desvio padrão, mediana, mínimo e máximo para as quantitativas. A associação entre a resposta média para cada questão do instrumento Impacto do Treinamento no Trabalho e as características dos trabalhadores foi verificada por meio dos testes Man-Whitney e Kruskal-Wallis. As análises foram realizadas no software IBM-SPSS v.21.0 e o nível de significância adotado foi de 5%. Participaram deste estudo 104 trabalhadores, sendo 78 técnicos de enfermagem (75%), 22 enfermeiros (21,2%) e quatro auxiliares de enfermagem (3,8%); 62 (59,8%) eram formados de um a nove anos, 80 (76,5%) não trabalharam anteriormente no hospital em estudo e 56 (53,8%) não possuíam outros vínculos empregatícios. A idade média dos trabalhadores foi 32 anos, 84 (80,8%) eram do sexo feminino, 46 (44,2%) solteiros, 102 (98,1%) tinham filhos e dentre os que possuíam filhos, 89 (85,6%) tinham de um a dois filhos. Em relação a renda mensal, 62 (59,6%) recebiam de um a dois salários mínimos (R$ 1.045,00 a R$ 2.090,00), 56 (54,2%) se declararam católicos, 52 (50%) eram brancos e 70 (67,3%) residiam na mesma cidade em que o hospital se localiza. Quanto ao tempo de participação no Programa de Inserção, 48 (46,2%) dos pesquisados haviam participado dele há menos de um mês da data de coleta de dados. Em relação ao impacto do treinamento no trabalho, verificou-se que as médias se mantiveram entre 4,1 e 4,7 retratando bons índices de concordância, quando comparadas a outros estudos descritos na literatura e não verificou-se associações entre os dados sociodemográficos e laborais e o impacto do treinamento no trabalho. No que se refere ao desempenho dos trabalhadores no ambiente de trabalho, o programa em questão foi considerado satisfatório. Contudo, nas questões referentes às atitudes dos trabalhadores no ambiente de trabalho, observou-se a necessidade de otimizar a autoconfiança destes profissionais. A análise do impacto dos treinamentos realizados no ambiente laboral pode estabelecer subsídios para intervenções que promovam melhorias contínuas na qualidade e segurança dos serviços prestados pela equipe de enfermagem nos ambientes hospitalares, visando os trabalhadores, os usuários do Serviço e a instituição.