Estudo farmacognóstico do cambucá \'plinia edulis\' (Vell.) sobral myrtaceae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Ishikawa, Tati
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9138/tde-09112016-110902/
Resumo: Plinia edulis (Myrtaceae), popularmente conhecida como cambucá, é espécie medicinal empregada no tratamento de afecções da garganta por populações caiçaras. O trabalho teve como objetivo aprimorar o conhecimento da planta sob os aspectos farmacobotânicos, fitoquímicos e farmacológicos. O extrato hidroetanólico liofilizado, preparado com suas folhas, apresentou: classes de substâncias de interesse farmacológico (flavonóides 0,99% e taninos 31,35%); atividade antioxidante elevada no modelo de medida de produção do malonildialdeído, com Q1/2 de 0,21 µg/mL; atividade antiúlcera extremamente significativa no modelo de indução por etanol acidificado, reduzindo o Índice de Lesão Ulcerativa (81,5%), a Área Total de Lesão (97,9%) e a Área Relativa de Lesão (97,6%), comparativamente ao controle, com prévia administração de uma dose de 400 mg/kg, por via oral. O extrato não inibiu o crescimento de Aspergillus niger e Candida albicans na concentração de até 2.000 µg/mL e não inibiu o crescimento de Escherichia coli e Staphylococcus aureus na concentração de até 1.000 µg/mL. Na avaliação de toxicidade aguda, não provocou a morte de nenhum animal no período de ensaio, com uma concentração de até 5.000 mg/kg. A triagem fitoquímica da droga vegetal permitiu detectar flavonóides, taninos, saponinas e óleo volátil. O rendimento de óleo volátil, extraído de folhas frescas, foi de 0,02% (v/m) e sua análise evidenciou como componentes majoritários o epi-α-cadinol (21,72%), α-cadinol (20,22%) e trans-cariofileno (14,19%). As características macro e microscópicas importantes na identificação da droga vegetal foram: folhas cartáceas, lanceoladas, com 14 a 17 cm de comprimento e 4 a 6 cm de largura, nervura mediana evidente e pontos translúcidos no limbo; mesofilo dorsiventral, idioblastos arredondandos em número de 2 a 4 perpendiculares à face adaxial contendo drusas ou cristais prismáticos; folhas hipoestomáticas, com estômatos predominantemente anomocíticos; cavidades secretoras presentes em ambas as faces recobertas por um par de células com parede comissural ligeiramente sinuosa. Fotomicrografias ilustram o trabalho.