Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Costa, Aldenan Lima Ribeiro Corrêa da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-07052005-155111/
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Resumo: |
O estudo teve como objetivo apreender e analisar as formas de violência operantes no mundo do trabalho de enfermagem em um serviço de emergência e urgência clínica de uma instituição hospitalar pública de Mato Grosso com 1200 trabalhadores, dos quais 400 são de enfermagem e desses, 42 são escalados nos 03 turnos de trabalho do setor pesquisado. Trata-se de uma pesquisa do tipo qualitativa. A coleta de dados ocorreu por meio de observação participante, entrevista e análise documental, no período de 23 de março a 23 de outubro de 2003, sendo realizados registros diários em cada turno de trabalho, entrevistados 10 enfermeiras (os), 3 técnicas(os), e 3 auxiliares de enfermagem. Durante a realização da coleta de dados, o setor investigado atendeu 45.318 pessoas, das quais 646 (2%) eram doentes graves e destes 336 (52%) morreram. A média diária de atendimentos foi de 249 pessoas, sendo que, aproximadamente, 3 a 4 pessoas exigiram ressucitação cardíaca e cuidados intensivos. A análise dos dados foi organizada tematicamente conforme orientação de Bardin (1977) e respaldada teoricamente por autores da corrente de estudos marxistas, da psicopatologia do trabalho, da filosofia, da sociologia e da enfermagem. A análise dos dados revelou quatro grandes temas: a organização do trabalho, das palavras aos atos técnicos as racionalidadees operantes, o espaço/lugar do trabalho na dinâmica da violência e o tempo no trabalho. O estudo possibilitou constatar que a violência no contexto de trabalho de enfermagem em emergência e urgência clínica opera por duas vias distintas: estrutural/institucional e comportamental/relacional que se explicitam em quatro tipos de violência conforme definição de Galtung (1981): Violência estrutural, manifesta na imposição de sobrecarga física e mental aos trabalhadores; violência repressiva, evidenciada na negação do direito de exercer com segurança as atividades assistenciais e a um ambiente de trabalho seguro; violência alienação, explicitada pela obstaculização aos trabalhadores de usufruir o prazer de uma realização profissional competente, eficaz e de ser valorizados socialmente junto aos usuários e a sociedade; e violência clássica, revelada nas agressões físicas e verbais de membros da equipe de saúde e de usuários. Estes quatro tipos de violência desencadeiam e perpetuam violências menores": práticas profissionais traumatizantes, omissões, negligências, imperícias, atendimento fragmentado, informações parciais ou negadas, indiferença ao sofrimento e a dor, baixa auto-estima, dentre outras. As pequenas violências" cotidianamente praticadas, por sua vez apóiam e fortificam as grandes violências estruturais e comportamentais, numa circularidade viciosa, que impõe o entendimento de seus modos operatórios para os necessários enfrentamentos com a finalidade de romper o processo e favorecer a auto-realização profissional e humana dos trabalhadores de enfermagem e da saúde. |