Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Miotto, Isadora Zago |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-30052023-121223/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Doentes transplantados de órgãos sólidos apresentam maior risco de ocorrência de múltiplas complicações dermatológicas secundárias à imunossupressão prolongada, com destaque para as dermatoviroses e neoplasias mucocutâneas associadas. Tais afecções têm elevada incidência e morbimortalidade nos transplantados, além de manifestações clínicas e manejo distintos da população geral. OBJETIVOS: Avaliar a ocorrência de dermatoviroses e neoplasias associadas nos transplantados de órgãos sólidos, bem como sua correlação com variáveis sociodemográficas e clínicas, com o tipo de transplante, duração e intensidade da imunossupressão. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo no qual foram incluídos os doentes transplantados de órgãos sólidos em seguimento na Divisão de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. (HC-FMUSP). A primeira informação disponível nos prontuários analisados data do ano 2002, enquanto a revisão dos dados foi feita ao longo do ano de 2020, período este considerado para análise. Os desfechos analisados foram a ocorrência de infecção pelo papilomavírus humano (HPV), herpes simples, herpes zóster, molusco contagioso, carcinoma de Merkel, sarcoma de Kaposi e infecção por citomegalovírus, além da ocorrência de neoplasias relacionadas ao HPV. RESULTADOS: Dos 528 casos avaliados, 53,8% apresentaram uma ou mais infecções virais. Destes, 10% evoluíram com o surgimento de neoplasia mucocutânea associada à infecção (carcinoma associado ao HPV, carcinoma de Merkel ou sarcoma de Kaposi). Observou-se maior risco de infecções virais nos pacientes submetidos ao transplante em idade mais jovem e naqueles com maior tempo de seguimento pós-transplante, além de risco 40% maior nos usuários de ciclosporina. Ademais, um maior risco de infecções extragenitais pelo HPV foi visto nos usuários de ciclosporina e azatioprina (59% e 78%, respectivamente), além de risco 82% maior de ocorrência de herpes simples nos usuários de micofenolato mofetil. CONCLUSÕES: A ocorrência de dermatoviroses nos transplantados se relaciona diretamente à duração e à intensidade da terapia imunossupressora, sendo mais comum nos doentes em uso de maior número de drogas imunossupressoras e/ou drogas que acarretem maior impacto na imunidade celular |