Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Towata, Naomi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-31032014-093554/
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Resumo: |
O ambiente marinho muitas vezes é negligenciado nas discussões ambientais devido ao aparente distanciamento entre esse e nosso cotidiano, tendo sofrido um acentuado processo de transformação e degradação. Assim, fica evidente a necessidade de atividades de Educação Ambiental que abordem tal ambiente. A Exposição interativa Mergulho Fora d\'Água (MFA) insere-se nesse contexto. O presente trabalho visa contribuir para a ampliação do conhecimento sobre concepções de estudantes do Ensino Fundamental acerca do ambiente marinho, bem como para a avaliação e aprimoramento da exposição interativa MFA. A pesquisa apresenta como objetivos específicos investigar concepções iniciais e verificar se e como a atividade MFA influência tais concepções dos alunos do Ensino Fundamental de uma escola da cidade de São Paulo sobre: (1) meio ambiente; (2) ambiente marinho, sua conservação e relação com o cotidiano desses alunos. Para isso, foram aplicados questionários estruturados compostos por questões fechadas e abertas, antes e após os estudantes participarem da exposição MFA. Para a análise dos dados, as respostas de questões abertas foram submetidas a um processo de categorização aberta e as categorias foram comparadas por meio de quantificações simples (cálculo de médias de ocorrência). Respostas provenientes de questões fechadas foram diretamente quantificadas e comparadas. Os dados foram coletados em turmas de sétimo, oitavo e nono ano do Ensino Fundamental de uma Escola Estadual da Cidade de São Paulo, localizada nas proximidades da USP. Um total de 476 estudantes participou da pesquisa. Nossos resultados evidenciaram que os estudantes sujeitos da pesquisa podem apresentar diversas concepções de meio ambiente, aplicando-as dependendo das várias situações as quais são expostos. Por exemplo, como concepções iniciais, ao pensarem no meio ambiente em geral, foram predominantemente Naturalistas e excluíram o homem do meio ambiente. Já quando pensam no ambiente marinho propriamente dito, justificam a necessidade de sua conservação também com base em concepções Naturalistas, mas estabelecem relação entre tal ambiente e seu cotidiano com base em uma concepção Antropocêntrica, justificada principalmente por uso de substâncias e alimentos derivados do mar. Vale ainda ressaltar que uma porcentagem bastante reduzida dos estudantes (20%) conseguiu estabelecer tal relação ambiente marinho-cotidiano. A principal palavra associada a esse ambiente foi “curiosidade” e, ao serem questionados sobre organismos marinhos, os cordados foram os mais citados (baleias, peixes e tubarões). Apesar da persistência de muitas dessas concepções iniciais, pudemos verificar algumas mudanças após a realização da exposição MFA, como uma maior inclusão do homem como elemento do meio ambiente. Além disso, concepções Antropocêntricas e Problema de meio ambiente sofreram redução. Quanto às concepções sobre ambiente marinho, a porcentagem absoluta de estudantes que conseguiu estabelecer a relação desse ambiente com seu cotidiano aumentando discretamente (para 30%). Quanto às palavras associadas ao ambiente marinho, “curiosidade” aumentou para estudantes de todos os anos. Já para os mais jovens alguns aspectos negativos também sofreram aumento (como poluição, doença e medo). No caso do nono ano, a situação foi diferente, ocorrendo maior citação de aspectos positivos, como beleza e diversão. Para todos os anos escolares, as citações de animais não cordados (ex. estrelas e ouriços), vegetais (algas) e plâncton foram maiores e organismos não marinhos (ex. girinos) foram menos citados. Nossa percepção geral é que a exposição MFA alcançou objetivos mais efetivos para os alunos de nono ano. Pautamos essa percepção em dados como o aumento de interesse após a exposição por parte dos alunos e do aumento da associação do ambiente marinho à beleza e diversão, além de curiosidade. Assim, o presente trabalho representou um esforço inicial para a melhor compreensão sobre as concepções de meio ambiente e, especialmente sobre o ambiente marinho. Esperamos que os dados obtidos possam ser subsídios para a avaliação à atividade MFA por parte de seus idealizadores em um processo continua de aprimoramento |