O espaço do brincar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Freyberger, Adriana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16131/tde-20240909-103951/
Resumo: O trabalho teve como objetivo analisar o espaço do brincar no ambiente do parque infantil: o espaço com todas as suas prerrogativas físicas e sensoriais e suas relações com a brincadeira do imaginário. Foram escolhidos oito parques infantis localizados na cidade de São Paulo, e subdivididos para análise em três tipos: escolares, públicos e institucionais. A partir de visitas in loco e registros fotográficos, verificou-se os tipos de configuração espacial mais recorrentes, as relações entre volumes e vazios e a presença de cores, texturas e tipos de materiais. A história e a iconografia do espaço do brincar entre os Séculos XVI e XIX, mostram sua evolução de acordo com os valores de cada época. Assim, no período medieval, o espaço do brincar era em locais abertos e públicos, o período romântico valorizou o espaço fechado e as brincadeiras individuais com objetos minaturizados e, na Revolução Industrial, surgiram os parques infantis com seus equipamentos funcionalistas. A análise buscou relacionar essas referências históricas com a configuração do parque infantil atual. Procuramos verificar como os novos equipamentos produzidos com modernas tecnologias e materiais deparam com questões relativas ao espaço do imaginário e com a construção do espaço do brincar pela criança.|) O resultado mostra que o atual parque infantil é um espaço funcional, seus equipamentos são de concepção obsoleta e há pouca ou quase nenhuma diversidade de materiais. Seu piso não tem|relevos, os volumes não impõem presença, porque não há relação entre eles, os espaços são vazios de intenções e o espaço do brincar, ou o brinquedo, não propõe uma atuação da criança na construção desse espaço. Ao apontar essas questões, o trabalho propõe intervenções que valorizem a percepção sensorial e a diversidade de materiais e que qualifiquem o parque infantil para as brincadeiras do imaginário. A análise busca colocar a criança como o ponto referencial, para tanto, o parque infantil deve ser construído levando em conta a sua escala e valorizando aspectos como a tactibilidade, os sentidos auditivos e a exploração espacial. Somado a tudo isso é imprescindível oferecer autonomia para que a criança seja autora do seu espaço, exercitando sua criatividade e expandindo suas habilidades motoras, sensoriais e cognitivas