Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Jacqueline Moraes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-30052019-103135/
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Resumo: |
A emergência da Lei 11.340/06 também conhecida como lei Maria da Penha que regula e criminaliza a violência doméstica aparece como diretriz fundante do Projeto Raabe. Trata-se de um projeto desenvolvido pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), voltado para o atendimento de mulheres em situação de violência doméstica. Idealizado por Cristiane Cardoso, filha mais velha do Bispo Edir Macedo, o projeto reúne hoje uma equipe de profissionais tais como advogados, psicólogos e assistentes sociais, e visa oferecer assistência jurídica e psicológica a mulheres que procuram o atendimento em delegacias denominadas delegacias da mulher. Pretendo analisar - a partir de um conjunto de materiais produzidos pelo projeto, que compreende desde reuniões temáticas até relatos publicados como livros biográficos -, a produção civil de uma noção de conversão que se baseia no reconhecimento jurídico da condição de sofrimento. Nesse processo a categoria divórcio se desenha como um caminho primeiro para o aprendizado da relação heterossexual saudável, e o degrau necessário rumo a conversão. A concepção de afetividade saudável e o desenvolvimento constante de uma pedagogia que visa o cuidado de si tornam-se linguagens substanciais de produção de um sujeito feminino que deve afasta-se da condição jurídica de sujeito de sofrimento para assumir o relato público como crente civil. Assim, esta pesquisa tem por finalidade mapear e descrever práticas relacionadas à produção de uma performatividade de gênero mimetizada em formas de falar, de se apreender e de experienciar os corpos femininos a partir de programas de incentivo ao relacionamento heterossexual, pensando o papel de tais políticas têm na formação de performatividades, ora por meio de linguagem de gendramento dos gêneros, mediante tecnologias de poder que conformam a sujeição e a subjetivação dos sujeitos. |