Drenagem linfática manual no pós-operatório de enxerto ósseo alveolar: uma nova abordagem para a redução do edema facial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Ferreira, Tatiane Romanini Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-29072010-104318/
Resumo: OBJETIVO: Determinar a efetividade de manobras padronizadas de drenagem linfática manual (DLM) na redução do edema facial, na distância interincisal máxima ativa e no quadro álgico de pacientes submetidos à cirurgia de Enxerto Ósseo Alveolar (EOA). METODOLOGIA: Esta pesquisa analisou 51 indivíduos com fissura labiopalatina reparada, entre 10 e 15 anos de idade, submetidos ao EOA no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais-USP, divididos em 2 grupos, grupo tratamento (n=29, 12 homens e 17 mulheres) e grupo rotina (n= 22, 15 homens e 7 mulheres). No grupo tratamento foram aplicadas manobras de DLM padronizadas diferentemente daqueles do grupo rotina. Foram realizadas nos dois grupos avaliações do edema facial por meio das medidas da linha 1 (distância da base da asa nasal ao tragus) e linha 2 (distância da base da asa nasal à implantação inferior do pavilhão auricular), na hemiface operada nos períodos pré-operatório (Pré), segundo (2ºPO) e quarto pós-operatório (4ºPO). Também foram realizadas as medidas da distância interincisal máxima ativa nos mesmos períodos. A Escala Analógica da Dor (EAD) foi aplicada no 1º, 2º, 3º e 4º períodos pós-operatórios. Adicionalmente, no grupo tratamento, após a terapia de DLM, foram realizadas perguntas sobre dor, relaxamento e sono. RESULTADOS: Houve redução do edema facial no grupo tratamento do 2ºPO para o 4ºPO o que não ocorreu no grupo rotina. As medidas da distância interincisal apresentaram aumento entre o 2ºPO e 4ºPO nos dois grupos estudados. Na avaliação da EAD, o grupo tratamento mostrou ausência de dor no 3ºPO enquanto o grupo rotina somente no 4ºPO. No grupo tratamento, a totalidade dos indivíduos relataram que a dor diminuiu, e que se sentiram mais relaxados após a DLM, nos 3 períodos avaliados. Relataram também em muitos casos que a DLM teve efeito facilitador na indução ao sono durante a DLM. CONCLUSÕES: As manobras padronizadas de DLM aplicadas da maneira proposta produziram redução significante do edema facial, aumento da distância interincisal máxima ativa, redução do quadro álgico no grupo tratamento comparativamente ao grupo rotina. Esses dados reforçam a hipótese de que a DLM proposta foi efetiva contribuindo de maneira importante na recuperação do paciente submetido à cirurgia de EOA.