Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Raphael dos Santos Coutinho e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5156/tde-04042022-154953/
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Resumo: |
A insuficiência cardíaca é o estágio final de diversas cardiopatias. Apesar do constante avanço no tratamento clínico da insuficiência cardíaca, esta afecção continua a ter alta mortalidade e morbidade. Novas opções de tratamento são importantes, uma vez que o número de transplantes cardíacos é escasso em relação ao número de pacientes no estágio final da doença. Portanto, avaliamos o uso da simpatectomia torácica bilateral como opção de tratamento em modelos experimentais de insuficiência cardíaca. Para tal avaliação, utilizamos os modelos de cardiomiopatia dilatada induzida por doxorrubicina e de hipertensão arterial pulmonar com disfunção do ventrículo direito induzida por monocrotalina. O modelo de cardiomiopatia dilatada ocasionou um remodelamento ventricular significativo, com aumento das câmaras cardíacas, perda de espessura do miocárdio e fibrose difusa. Estas alterações repercutiram na função ventricular esquerda, com queda da fração de ejeção, diminuição da reserva miocárdica, aumento do volume diastólico final e redução da eficiência cardíaca. Por outro lado, a simpatectomia bilateral se mostrou eficaz na prevenção do remodelamento ventricular, com diminuição importante da fibrose e da dilatação ventricular. Este fato levou a manutenção da função ventricular esquerda, com volume sistólico pré recrutável preservado e eficiência cardíaca conservada. Alterações semelhantes foram observadas no modelo de hipertensão arterial pulmonar. O grupo não tratado evoluiu com hiperplasia da parede das artérias pulmonares e aumento da expressão da actina de músculo liso. Observou-se também aumento da resistência vascular pulmonar, com consequente aumento da pós carga cardíaca, hipertrofia das paredes do ventrículo direito e queda dos indicadores de sua eficiência contrátil, como a dP/dT máxima e o volume sistólico pré recrutável. A disfunção do ventrículo direito foi ainda associada a hipertrofia dos cardiomiócitos e ao aumento significativo do estresse mitocondrial. A simpatectomia bilateral reduziu o remodelamento das artérias pulmonares, mitigando o remodelamento e a disfunção ventricular direita, sendo também associada a diminuição do estresse oxidativo nos cardiomiócitos e a manutenção da atividade mitocondrial. Com base nestes resultados, podemos concluir que a simpatectomia torácica bilateral atua na proteção do miocárdio tanto em cardiopatias de lesão direta ao músculo cardíaco, como a cardiomiopatia dilatada por toxicidade, quanto em cardiopatias reativas, como a insuficiência cardíaca secundaria a hipertensão pulmonar. Entretanto, estudos clínicos controlados serão necessários para avaliar o seu potencial como opção de tratamento para a insuficiência cardíaca |