Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1994 |
Autor(a) principal: |
Souza, Antonio Francisco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20200111-124344/
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Resumo: |
No Brasil, o tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill) é a hortaliça mais importante, não só em termo de produção, mas também em valor econômico. No geral o tomateiro é cultivado em solos ácidos, que apresentam baixos teores de CA2+ e/ou excesso de Al3+. Considerando-se estes aspectos, foram realizados dois ensaios com solos e dois com solução nutritiva. No primeiro estudou-se o comportamento de 16 cultivares de tomateiro, quanto à tolerância a Al3+ em um solo Podzólico Vermelho-Amarelo var. Laras (PVls) originalmente ácido, na ausência e na presença de calcário. O experimento foi realizado em vasos sob condições de casa de vegetação, para identificação de cultivares de tomateiro com tolerância a Al3+. Determinou-se então os teores de Al3+, K+, Ca2+ e Mg2+ trocáveis para inferimento das alterações das características químicas do solo em função da calagem. Visando-se obter os valores de saturação por Al3+ correlacionados com os rendimentos de matéria seca, as cultivares foram classificadas em quatro grupos quanto a tolerância ou sensibilidade à toxicidade de Al3+: tolerantes e responsivas (TR), tolerantes e não responsivas (TNR), sensíveis e responsivas (SR) e sensíveis e não responsivas (SNR). As cultivares mais importantes quanto à tolerância a toxicidade de Al são: Ângela gigante I 5100, Santa Clara, CNPH 253, Kada, CNPH 82 e Euromech. As cultivares que foram classificadas como (TR), mostraram em geral tendência para acumular teores mais baixos de Al total na matéria seca da parte aérea. Em outro experimento, realizado com o mesmo tipo de solo, foi para verificar o efeito dos niveis (0; 1,5; 3,0; 4,5 e 6,0 meq/100 cm3) de CaCO3 + MgCO3 nas características químicas de um PVls, no crescimento, absorção e teores totais de nutrientes nas cultivares de tomateiro Ângela gigante I 5100, IPA 5 e CNPH 81, constatando-se um efeito positivo da calagem para todos as características mencionadas. Foram conduzidos dois experimentos em solução nutritiva, sendo que o primeiro foi para estabelecer os níveis de Al3+, para distinguir graus de tolerância em cultivares de tomateiro entre os níveis 0 e 6,0 mg de Al3+/l, enquanto o segundo, foi para verificar se as cultivares Ângela gigante I 5100, IPA 5 e CNPH 81, submetidas a níveis entre 0 e 3,0 mg de Al3+/l, confirmaram suas características de tolerância e sensibilidade, revelada no primeiro experimento em solo. Observou-se a sintomatologia característica na toxicidade de Al, e o efeito dos seus níveis sobre o crescimento das cultivares. Concluiu-se que: as dezesseis cultivares de tomateiro diferiram quanto à sua tolerância a excesso de Al3+ no solo e na resposta à calagem. O comprimento da maior raiz nas cultivares Ângela gigante I 5100 e CNPH 81, nas concentrações de 2,25 e 3,00 mg de Al3+/l foi reduzido drasticamente 12 dias após a transferência das cultivares para as soluções nutritivas. A mesma tendência verificou-se em relação aos acúmulos de matéria seca no sistema radicular e na parte aérea. A cultivar IPA 5 teve também seu peso de matéria seca drasticamente reduzido, entretanto, não houve efeito significativo para comprimento da maior raiz. Sintomas de toxicidade induzidos por Al3+ foram mais característicos nas concentrações de 2,25 e 3,00 mg/l. E surgiram com menor intensidade na raiz e posteriormente na parte aérea nas concentrações de 0,75 e 1, 5 mg/l de Al3+, acompanhado da presença de pontuações negras e necroses nas bordas dos folíolos |