Combinando informações ambientais e estrutura da paisagem para explicar padrões de biodiversidade: busca por alternativas eficientes para planejamento ambiental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Coelho, Juliana Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-28092016-161420/
Resumo: A biodiversidade, as interações entre organismos e o meio físico são componentes do Sistema de Suporte da Vida no planeta, mantendo possível a vida do homem na Terra; entretanto, tem-se observado uma crescente e preocupante perda da biodiversidade, principalmente em função da perda de habitat e fragmentação, fogo, exploração excessiva dos recursos naturais e introdução de espécies exóticas e invasoras, entre outros. O Estado de São Paulo abriga dois grandes biomas brasileiros: a Mata Atlântica e o Cerrado, ambos reconhecidos como hotspots de biodiversidade, devido a grande biodiversidade e elevado grau de ameaças a que esses estão submetidos. Neste sentido, esta pesquisa propôs-se verificar a relação entre dados de riqueza de espécies (aves) e preditoras ambientais e de paisagem em diferentes regiões e escalas. Embora o Estado já conte com mapas de áreas prioritárias frutos do Biota/FAPESP de 2008, até o momento o componente de paisagem foi explorado muito superficialmente, da mesma forma que os dados biológicos não foram explorados em sua totalidade. Neste sentido, este projeto busca ir de encontro com as linhas diagnosticadas como necessárias para um maior direcionamento da ciência à conservação da biodiversidade. Foram utilizados dados pré-existentes de registros de aves no Estado de São Paulo (Brasil) compilados do banco de dado do Biota/FAPESP e do Livro vermelho de espécies ameaçadas do Estado de São Paulo. Para a análise dos dados utilizou-se de modelos aditivos generalizados (GAM), AKAIKE e análise de sensibilidade (SRC). Como principais apontamentos conclusivos escala é um fator extremamente importante e deve ser considerado ao buscar a compreensão de padrões biológicos, uma vez que, se ignorado pode resultar em relações não reais, e em decorrência disso uma má prática de conservação. Características da região de estudo, como tipo de bioma, também podem gerar diferentes relações entre variáveis ambientais e biológicas, e não devem ser subestimados; barreiras políticas não respeitam barreiras biológicas, e deve-se entender como isso pode influenciar as respostas obtidas. De todas as preditoras apenas porcentagem de floresta, altitude, precipitação e temperatura pareceram explicar todas as variáveis biológicas analisadas. Por fim, ainda observamos uma má gestão e padronização dos dados que irá ocasionar problemas na utilização e aplicação desses dados. Aqui se percebe que este viés pode ter influenciado na ausência de algumas relações ou na observação de padrões fracos. Apesar de extremante importante trabalhos com agrupamento de informações para buscar entender padrões de biodiversidade estes devem ser padronizados.