Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Kurebayashi, Leonice Fumiko Sato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7131/tde-20122007-095502/
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Resumo: |
O presente estudo tem como objetivos: desvelar percepções de enfermeiros acerca da acupuntura como prática assistencial de enfermagem; identificar fatores dificultadores/facilitadores para a implantação da acupuntura como técnica complementar à assistência de saúde; discutir aspectos contraditórios e os dilemas ético-legais que perpassam a prática da acupuntura pelo enfermeiro em serviços de saúde pública. Pesquisa de campo exploratória foi realizada com 33 enfermeiras, de 11 Unidades de Saúde, da Região Sudeste do Município de São Paulo, que oferecem atendimento de acupuntura por profissionais médicos. Os dados coletados nas entrevistas foram examinados com base na Análise de Conteúdo de Bardin (2004) e Minayo (2007) e distribuídos em quatro categorias principais: (1) percepções de enfermeiros acerca da acupuntura na assistência à saúde; (2) fatores dificultadores e (3) facilitadores da prática da acupuntura pelo enfermeiro em serviços de saúde pública e (4) dilemas ético-legais na prática da acupuntura vivenciados pelos enfermeiros. Debates sobre percepções referentes à acupuntura revelaram credibilidade de pacientes na eficácia da técnica em uma grande variedade de enfermidades, especialmente em doenças crônicas, dor e estresse. Foi considerada como uma terapêutica holística, agindo com menos efeitos colaterais em situações em que a alopatia é ineficiente. Como fatores dificultadores foram encontrados: sobrecarga de trabalho, falta de recursos materiais e humanos e uma política de saúde que não favorece a implantação da acupuntura pelo enfermeiro. Entre os fatores facilitadores foram indicados: possibilidade de capacitação técnica do enfermeiro e de implantação do serviço de acupuntura multiprofissional pela Secretaria de Saúde, além de mais e melhor informação para a população e para profissionais, com a vantagem da proximidade já existente entre enfermeiro e usuário. Quanto aos dilemas ético-legais, questionou-se a acupuntura como prática limitada à classe médica, o preconceito quanto ao que o enfermeiro faz e pode fazer, a necessidade de regulamentação pelas autoridades competentes e, por fim, qual o perfil do profissional que poderia exercer a acupuntura, segundo as enfermeiras entrevistadas. Face ao novo paradigma emergente da saúde, na busca de um cuidado menos biologicista, mais integral e holístico, a acupuntura como prática complementar à assistência na saúde pública emerge como uma nova/velha terapêutica, trazendo muitos benefícios à saúde da população. O desafio que se coloca ao enfermeiro é a conquista da acupuntura como saber e fazer do enfermeiro, participando da implantação responsável, ética e multiprofissional da acupuntura em benefício da população |