Caracterização dos extratos etanólico e hidroalcoólico de Urochloa brizantha e seu uso como modificadores da fermentação ruminal in vitro e in vivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Freitas, Rafaela Scalise Xavier de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-15082024-140803/
Resumo: As atividades antrópicas têm sido fonte significativa de emissões de gases do efeito estufa (GEE), levando a uma pressão internacional para a redução dessas emissões. Os ruminantes, devido à produção de metano (CH4) entérico, são frequentemente apontados como vilões na emissão de GEEs. Esse é um ponto de preocupação para o Brasil, que apresenta um dos maiores rebanho de bovinos e ovinos, sujeitos a embargos e taxações de produtos. Com o objetivo de mitigar as emissões de GEE, o presente estudo avaliou o efeito da adição do extrato etanólico (EE) e hidroalcoólico (EH) de Urochloa brizantha na alimentação de ovinos de corte. O projeto foi dividido em três fases. Na primeira fase (2° Capítulo), foram produzidos e caracterizados os extratos etanólico e hidroalcóolico, incluindo análises de composição bromatológica e identificação e quantificação da saponina. O extrato hidroalcoólico apresentou maiores teores de proteínas e minerais e menores teores de lipídios em comparação com o extrato etanólico. Os valores de protodioscina encontrados nos extratos etanólico foi de 3,62 mg/mL e 5,38 mg/mL para hidroalcoólico. Na segunda fase (3° Capítulo), foram avaliadas a adição de quatro concentrações (50, 100, 150 e 200 mL/kg de matéria seca (MS)) do EE e EH de Urochloa brizantha na emissão de metano, nos parâmetros ruminais e na diversidade microbiana através da técnica de produção de gases in vitro. Embora não tenha sido observado efeito na emissão de metano, os extratos influenciaram as populações microbianas e o perfil de ácidos graxos de cadeia curta, modulando a fermentação ruminal. Na terceira fase (4° Capítulo), realizou-se um ensaio in vivo para avaliar os efeitos da adição dos extratos EE e EH de Urochloa brizantha nas emissões de metano ruminal, digestibilidade aparente dos nutrientes, parâmetros sanguíneos e na fermentação ruminal. A inclusão dos EE e EH de Urochloa brizantha não afetou a ingestão ou a digestibilidade da maioria dos nutrientes, exceto do coeficiente de digestibilidade aparente da proteína bruta. Além disso, com a adição dos EE e EH de Urochloa brizantha, não foram observadas alterações na enzima Aspartato Aminotransferase (AST). Quanto às emissões de metano, a adição dos extratos promoveu uma redução das emissões correlacionadas ao peso vivo dos animais.