Conhecimentos de gestantes sobre aleitamento materno, em Centros de Saúde do município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Medeiros, Glauce Cirne de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-06112023-175819/
Resumo: Introdução. Evidências científicas têm constantemente apontado a importância do aleitamento materno (AM) para a saúde de crianças em todo o mundo. Apesar disso, o desmame precoce ainda tem freqüência considerável. Vários fatores têm sido associados ao desmame, dentre eles a falta de conhecimento materno a respeito do processo e da prática da amamentação. Objetivos. Verificar conhecimentos de gestantes sobre AM e a associação entre esses conhecimentos com variáveis sócio-demográficas. Metodologia. A amostra foi constituída de 360 gestantes, determinada a partir da demanda do pré-natal de quatro Centros de Saúde Escola do município de São Paulo. A investigação foi feita através da aplicação de um questionário pré testado. Um banco de dados, com os resultados dessas variáveis, foi elaborado e analisado através do software Epi Info versão 3.4.3. A associação entre as variáveis foi avaliada através do modelo de regressão linear múltipla, com nível de significância p<0,05 e intervalo com 95% de confiança. Resultados. Dos 12 conhecimentos investigados: duração do AM; efeitos do AM na contracepção, na recuperação do peso pré-gestacional, na prevenção do câncer de mama e ovário, na prevenção de doenças da criança; efeito da sucção na lactação; diferença entre a composição do leite materno e as fórmulas lácteas infantis; inexistência de leite materno fraco; não associação entre AM e flacidez mamária; inexistência de alimentos que aumentam ou diminuem a lactação; a média de acertos foi de 5,51 (dp=1,87). O maior número de conhecimentos das gestantes associou-se com: ser casada (p=0,0074), ter maior idade gestacional (p=0,0278), maior número de filhos (p=0,0094), maior escolaridade (p=0,0004), ter participado de palestra sobre AM (p=0,0010) e referir como fonte de conhecimento sobre AM os profissionais de saúde (p=0,0107). Conclusões. As gestantes apresentaram, aproximadamente, metade dos conhecimentos corretos sobre AM. Sugere a necessidade de realização de um pré-natal de qualidade, tendo em vista que é nesse tipo de serviço que as gestantes adquirem esses conhecimentos. Maior atenção deveria ser dada às gestantes com menor escolaridade, nulíparas e que estejam no início da gestação.