Controle do comportamento por relações entre estímulos em Cebus apella.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Barros, Romariz da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-15032002-084519/
Resumo: Equivalência de estímulos, um fenômeno comportamental amplamente demonstrado em humanos, tem sido encontrada com dificuldades em não-humanos, provavelmente devido a dificuldades de procedimento. Controle não programado pela posição dos estímulos tem sido apontado como um fator que interfere no desempenho de "matching-to-sample" e que leva a resultados negativos em testes de propriedades definidoras de equivalência (reflexividade, simetria e transitividade). Duas linhas de pesquisa foram exploradas: 1) Posição como estímulo em discriminações condicionais e testes de propriedades emergentes e 2) Treino e testes de relações condicionais na ausência de correlação entre a posição e a função dos estímulos. Foram conduzidos quatro experimentos com três macacos Cebus apella, uma fêmea e dois machos. No Experimento I, os sujeitos foram submetidos a treino de discriminações condicionais e testes de propriedades emergentes com posições como estímulo. Resultados positivos nos testes foram encontrados quando as relações testadas eram topograficamente semelhantes às relações treinadas. No Experimento II, treinos de discriminações simples com três conjuntos de estímulos visuais (cores e formas arbitrárias) mostraram diferenças na "discriminabilidade" dos estímulos. No Experimento III os sujeitos foram submetidos a treino de pareamento por identidade e testes de reflexividade com dois dos três conjuntos de estímulos facilmente discriminados no Experimento II e mais três novos conjuntos de estímulos. Os resultados dos testes foram positivos quando os estímulos já tinham sido apresentados antes em treinos de discriminações simples simultâneas, que possivelmente funcionaram como um treino de "matching-to-sample" com atraso. No Experimento IV os sujeitos foram submetidos a treinos de relações condicionais arbitrárias e a testes de simetria, cujos resultados foram negativos. Escolhas corretas foram reforçadas em todas as tentativas, em todos os experimentos. Todas as tentativas de "matching-to-sample" eram com atraso zero. A interpretação dos dados baseia-se na suposição de que relações de equivalência são relações ambientais. O pré-requisito para a emergência das propriedades definidoras é a aquisição de controle por essas propriedades enquanto relações ambientais, o que demanda extenso treino.