Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Aline Patrícia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-25112019-173121/
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Resumo: |
A leptospirose é uma zoonose mundialmente disseminada e endêmica nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. É causada por espiroquetas patogênicas do gênero Leptospira, que colonizam os túbulos renais proximais de animais domésticos ou silvestres e são eliminadas no ambiente externo pela urina. A transmissão ocorre por meio de contato direto com tecidos, fluidos corporais e urina de animais infectados, ou pela exposição à água ou solo contaminado. Esta doença apresenta grande impacto na saúde pública, além de ser responsável por prejuízos na economia pecuária, pois interfere na produção de leite e causa distúrbios reprodutivos nos animais de criação, como abortamentos e infertilidades. As plaquetas são pequenos fragmentos citoplasmáticos, abundantes no sangue e originados dos megacariócitos da medula óssea. Classicamente, são conhecidas por atuarem no processo de hemostasia, garantindo a manutenção do fluxo sanguíneo e da integridade vascular. No entanto, vários estudos têm demonstrado que as plaquetas, também, participam de processos inflamatórios, do reparo de tecidos, da angiogênese e de mecanismos de defesa do organismo a infecções. Na forma grave da leptospirose, a trombocitopenia tem sido relatada. Provavelmente, os baixos níveis de plaquetas no sangue ocorrem devido à lesão vascular e ao aumento no consumo de plaquetas nas hemorragias observadas durante a infecção por leptospiras. A trombocitopenia também pode ser causada pela ação direta das leptospiras sobre as plaquetas. Neste trabalho, foi investigado a existência de uma possível interação das leptospiras com as plaquetas. Os resultados obtidos, mostraram que os protocolos utilizados para a obtenção das amostras de sangue total, plasma rico em plaquetas e plaquetas lavadas são adequados para a avaliação da possível capacidade das leptospiras em ativar plaquetas. Entretanto, nenhuma das estirpes de leptospiras testadas foram capazes de ativar diretamente as plaquetas em um tempo máximo de 45 minutos, mesmo com diferentes proporções de bactéria:plaqueta. As leptospiras também foram avaliadas quanto a sua capacidade de alterar a agregação plaquetária provocada por agonistas conhecidos (colágeno, TRAP ou ADP). Apesar da agregação plaquetária na presença das leptospiras serem semelhantes ou maiores que o controle positivo, esses valores não foram estatisticamente significantes. Um lisado total da estirpe patogênica de leptospira, L1-130, foi avaliado quanto a capacidade de se ligar a lisados de diferentes frações plaquetárias, previamente ativadas ou não por ADP, através de ensaios de ELISA. O lisado da fração de plaquetas lavadas foi o único que apresentou valores significativos de interação com o lisado de L1-130. Por último, as plaquetas foram avaliadas quanto a sua capacidade de inibir o crescimento bacteriano, com o indicador de crescimento Resazurina. Estes ensaios não foram capazes de identificar uma ação microbicida por parte das plaquetas sobre a estirpe de leptospira utilizada. Os resultados obtidos, neste trabalho, mostraram que as leptospiras não foram capazes de ativar diretamente a agregação plaquetária, porém, a hipótese de interação entre as plaquetas e as leptospiras não deve ser totalmente descartada, uma vez que a fração de plaquetas lavadas foi capaz de aderir ao lisado da estirpe L1-130, por isso novos estudos devem ser realizados. |