Santana do Acaraú-CE: o acervo arquitetônico como patrimônio do lugar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vital, Antonio Marcielyo Fonteles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-25042018-113152/
Resumo: A pesquisa intitulada Santana do Acaraú: o acervo arquitetônico como patrimônio do lugar buscou refletir a compreensão do espaço vivido alimentado pela memória e lembranças dos habitantes. Considerando os laços afetivos construídos com/no lugar como identidade das pessoas que moram na cidade. A relevância da pesquisa deve-se ao fato de contribuir para análise das políticas de preservação e conservação de um acervo arquitetônico que pode ser considerado como patrimônio da cidade de Santana do Acaraú, especificamente aqueles localizados no bairro Centro, onde estão mais representados. Contudo, o referido acervo não se encontra protegido seja por lei ou por ações de manutenção e/ou conservação que merecem as edificações antigas. Embora, a população santanense tenha reagido às transformações e as novas construções arquitetônicas, frente ao modernismo e às novas instalações. Mesmo assim, a problemática é provocada pela ausência de políticas e de ações na cidade que assegurem a preservação do acervo arquitetônico, que lamentavelmente, tem sido deteriorado pela ação do tempo, pelo descaso do poder público, pela falta de especialista em restauração e pela ausência da sociedade civil em reconhecer o acervo como parte da identidade e da história do lugar. Como referencial teórico partiu-se da compreensão de Tuan (1983) sobre espaço e lugar entendidos como familiar e que indicam experiências comuns; Bosi (1994) que explica o conceito de memória como reserva das nossas experiências acumuladas; e patrimônio com base em Choay (2006) que entende como expressão do usufruto de uma comunidade que se ampliou a dimensões planetárias, constituída pela acumulação contínua de uma diversidade de objetos que se congregam pelo seu passado comum. Para reconstituir a memória do acervo arquitetônico procedeu-se com uso da história oral através de entrevistas estruturadas e semi-estruturadas e posteriormente usadas como narrativas gravadas em meio digital sonoro e legitimadas pelos entrevistados. Além das várias consultas como: Prefeitura Municipal de Santana do Acaraú; IBGE; trabalho de campo para os registros fotográficos; arquivos pessoais dos moradores da cidade; trabalho de campo para elaboração de mapas temáticos e informações diversas aos entrevistados vistos como colaboradores da pesquisa. Apesar de ser recente a iniciativa de tombamento às edificações antigas na cidade, se entendeu que os lugares também estão sujeitos à dinâmica, as trocas de experiências, aos novos valores, de receber pessoas de outros lugares e assim, à cidade continuará a construir novas realidades, sem que com isso, seja necessário destruir totalmente seu passado, sua história, seus laços afetivos construídos no lugar.