Perfil inflamatório de pacientes submetidos à endarterectomia de carótida e sua relação com doença periodontal crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Foz, Adriana Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23146/tde-21092015-161059/
Resumo: A relação entre periodontite e doenças cardiovasculares (DCV) tem sido amplamente discutida, embora os mecanismos de interação não estejam claros. Foi sugerido que pacientes com periodontite apresentam inflamação sistêmica e um pequeno aumento no risco cardiovascular. Patógenos periodontais foram encontrados em placas de ateroma, mas a influência destes microrganismos na aterosclerose ainda não é compreendida. O objetivo primário deste estudo foi delinear o perfil inflamatório sistêmico de pacientes submetidos à endarterectomia carotídea. Os objetivos secundários foram associar o perfil inflamatório dos participantes à condição periodontal e à presença de patógenos orais encontrados na cavidade oral e em placas de ateroma. Trinta e cinco pacientes submetidos à endarterectomia carotídea foram incluídos neste estudo. Antes da cirurgia vascular, um exame clínico periodontal foi realizado e foram coletadas amostras de sangue, saliva e biofilme subgengival. Durante a endarterectomia, uma amostra da placa de ateroma foi coletada. As amostras de soro foram testadas com o ensaio imunoenzimático de alta sensibilidade Multiplex para dezessete marcadores de células Th17. Amostras de saliva, biofilme subgengival e placa de ateroma foram submetidas ao PCR quantitativo para avaliação de dez patógenos periodontais. Este estudo foi capaz de detectar vários marcadores inflamatórios circulantes, o que indica a presença de inflamação sistêmica como uma característica da população. T. forsythia foi o microrganismo mais frequentemente encontrado em amostras de ateroma (37% das amostras). Níveis de T. forsythia em amostras de ateroma foram positivamente correlacionados com os níveis séricos de IL-7, IL-6, IL-17, IL-13, IL-12p70, IFN-?, GCS-F (p<0,05) e IL-10 (p<0,01). Níveis séricos de IL-2 foram positivamente correlacionados com os concentrações salivares de P. intermedia, P. endodontalis (p<0,05) e T. denticola (p<0,01). Níveis séricos de TNF-? foram positivamente correlacionados com concentrações salivares de P. endodontalis (p<0,01). Concentrações de P. endodontalis em amostras subgengivais foram correlacionadas positivamente com IL-2 (p<0,05). A inflamação periodontal (PISA) foi positivamente correlacionada com IL-2 (p<0,05). A coexistência de patógenos periodontais comuns na cavidade oral e na placa de ateroma está associada a um estado inflamatório sistêmico, o que poderia ser relevante para a compreensão dos mecanismos que ligam periodontite com DCV.